- Senhor Raviel - Andreia se levantou -, por que está com Daniel e Giovana?
- Quando eu cheguei, por acaso vi os dois lá embaixo, e então os levei para meu apartamento - respondeu baixinho, encostado na parede do corredor.
Erguendo a mãozinha, Giovana desenhou grande círculo no ar:
- Mamãe, titio Ravi é tão legal! Ele me levou com meu irmão para comer um monte de comida deliciosa. E a gente ainda passeou.
- Isso mesmo! - Daniel concordou com a cabeça. A gente acabou de voltar do passeio.
- Então foi isso - Andreia entendeu e fez com que as duas crianças se curvassem para agradecer. - Sr. Raviel, obrigada por cuidar dos dois.
- Não há por que agradecer. Mas por que precisou voltar tão tarde? - Raviel ergueu os cílios. Havia um leve desagrado em sua voz. Ela não tinha medo de deixar os dois filhos sozinhos em casa? Sabe-se lá o perigo que poderia haver!
Sem saber no que Raviel estava pensando, Andreia sorriu e explicou:
- Corri para visitar três fábricas de tecidos hoje à tarde, e por isso me atrasei.
Ouvindo isso, Raviel franziu os lábios levemente:
- Deixa essas coisas a cargo do departamento de compras. Você não precisa resolver pessoalmente.
- Não tem problema. O projeto "O Nascido do Fogo" é importante demais para mim. Não fico tranquila se não cuidar pessoalmente de cada pedacinho dele. - Ela ergueu a mão para prender as pontas soltas do cabelo atrás da orelha.
Raviel contraiu ligeiramente as sobrancelhas, e seus olhos escureceram. Nesse momento, Daniel, que estava cochichando alguma coisa no ouvido da irmã, mudou repentinamente de feição; cobrindo a barriga, ele se ajoelhou no chão e vomitou.
- Irmão!
Giovana, que era quem estava mais próxima a ele, gritou de espanto ao vê-lo vomitando.
Andreia também ficou assustada. Correu até ele e perguntou com a voz trêmula:
- Querido, o que você tem?
O menino não respondeu, e continuou vomitando.
Raviel também se acercou. Agachando-se diante do menino, estendeu a mão para tocar o rosto e a testa dele. Então disse com a voz baixa:
- Ele está com o corpo muito frio, até suando frio. Tem que ir ao médico agora mesmo.
Dizendo isso, tomou o garoto em seus braços sem hesitar, e caminhou em direção ao elevador com passos largos. Na mesma hora, Andreia puxou Giovana para alcançá-los.
- Mamãe, Dani vai ficar bem, não vai? - perguntou a menina, chorando.
- Claro que vai. Seu irmão é o Pequeno Superman, como pode acontecer alguma coisa com ele? - Andreia sorriu relutante e procurou confortar a filha, mas a preocupação em seus olhares era bem evidente.
No caminho para o hospital, Daniel parou de vomitar, mas tremia constantemente, e o tremor ia só aumentando. A mãe receou que se continuasse assim ele acabaria mordendo a língua, e por isso tirou um lenço da sua bolsa, amassou-o até formar uma bola e colocou-o na boca do filho.
- Senhor Raviel!
Ela abraçou o menino com força e, de olhos vermelhos, gritou para o homem ao volante; seu tom de voz era de súplica.
- Entendi - Raviel olhou pelo espelho retrovisor, suas pupilas encolheram e, segurando o volante com as duas mãos, ele pisou fundo no acelerador.
Logo estavam no hospital. Daniel foi levado para a emergência. Andreia puxou Giovana e ficou esperando ansiosa do lado de fora. Depois de desligar o telefone, Raviel veio caminhando e parou ao lado de Andreia. Os dois ficaram olhando juntos para a porta da sala de emergência.
- Não se preocupa. Dani vai ficar bem.
Ela sacudiu a cabeça, a voz levemente embargada:
- Como não ficar preocupada? Esse menino nunca ficou doente, e do nada fica assim. Eu estou toda...
Ela nem conseguiu completar; agachou-se no chão e começou a chorar.
Giovana também se abalou; ergueu a cabeça e chorou ao lado da mãe.
Vendo mãe e filha chorarem juntas, Raviel sentiu um aperto no coração que não saberia explicar. Bem na hora em que ele ia dizer algumas frases para que ambas parassem de chorar, a luz do pronto-socorro de repente se apagou.
Apertando o olhar, Raviel deu um passo à frente, impedindo que o médico saísse. Ele perguntou com voz grave:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mais do que paquera
Esse final não condiz muito com a estória, parece que está faltando páginas...
E Levi segue de otario na estória, Erika não tem responsabilidade afetiva nem por ela mesma vai ter por Levi?? E pra quer pelo amor essa gravidez nesse relacionamento?? Futura abominação o filho desses dois. Só sinto por Levi, pois parece uma boa pessoa....
Relacionamento muleta não dá certo, uma hora as muletas quebram 🤔...
Que a Erika é uma protagonista sem amor próprio já estava claro no decorrer da estória, mas fico me perguntando qual a intenção da autora com essa gravidez de um psicopata??? Uma Bia no futuro??? Não porquê se nascer com todo o genes do pai, será mil vezes pior que a Bia. Muito sem noção e totalmente desnecessária essa inclusão de gravidez para uma protagonista submissa a relacionamento abusivo. E ainda criou um otario para o felizes para sempre!! Isso é fazer o leitor de palhaço 🤡 🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡...
É muito surreal e depreciativo criar e desenvolver uma protagonista que toma decisões da forma que a Andreia está fazendo, É a mesma coisa de chamar as mulheres de burras e sem noção da realidade...
Já li livros com protagonistas burras, mas igual essa Andreia nunca. Por mais que faça parte do mistério do livro é até uma ofensa às leitoras esse enredo de uma personagem sem noção do perigo para ela e para os filhos se colocando nas mãos de um louco....
Meu Jesus, me desculpe a autora mas a Andréia é muito negligente como mãe. Como deixar duas crianças de menos de 05 anos sozinhas??? E isso está ocorrendo desde o início do livro Ela ainda queria ficar no hospital deixando as crianças com fome Que mãe é essa em!...
O livro parece interessante mas os desencontros está ficando cansativo...