Mais do que paquera romance Capítulo 93

Mais do que paquera Capítulo93 Indo para Família Hofmann

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Raviel também não estava passando bem naquele momento, mas ao ver o jeito dela, ele a puxou do chão, ergueu seu queixo e a beijou sob seu olhar vazio.

- Uh... - Os olhos de Andreia se arregalaram de imediato e sua mente ficou vazio.

Ele a beijou sem sua permissão?

Ao perceber isso, passou um toque de vergonha pelos olhos de Andreia.

No momento em que ela queria empurrar Raviel para o lado, ele soprou na sua boca.

Sua mão que estava levantada parou de se movimentar, agora que ela entendeu, ele não estava a beijando, mas sim, dando o ar para ela.

Como ele poderia fazer assim?!

Andreia franziu as sobrancelhas.

O ar da fábrica já não sobra muito porque foi diluído com azoto, e ele ainda quer passar o ar para ela, acaso acha que sua vida é longa demais?

Ao pensar nisso, Andreia mordeu os lábios de Raviel com força para ele poder soltá-la.

Mas Raviel só parou seu movimento por uns segundos e continuou, ele ainda segurou sua cintura com força para que ela não pudesse movimentar.

Mesmo que ele tivesse passado o ar para ela, Andreia desmaiou no final devido à falta de ar no cérebro.

Raviel também tremeu, seus olhos que eram sempre profundos ficaram distraídos nesse momento, e dava para ver que não estava aguentando também.

Nesse momento, a voz de Érika surgiu de repente na direção do portão:

- Andy, vocês está aí dentro?

Raviel ficou surpreso ao ver sua voz, ele mordeu os dentes e pegou Andreia no colo, indo em direção da porta com passos moles. Depois de chegar no portão, ele o chutou com força.

Érika, que estava fora, tomou um susto primeiro, e pegou de pressa a chave para abrir o portão.

O portão foi aberto e um cheiro ruim saiu de dentro.

Érika não aguentou esse mau cheiro e ficou com náusea:

- O que é isso? Por que é tão fedorento?

Raviel não ligou para ela, apenas levou Andreia até a grama de fora e a colocou no chão; ele também se deitou no seu lado e deu respirações profundas.

Érika foi até o lado deles:

- Presidente Raviel, o que aconteceu? E o que aconteceu com Andy?

Ela apontou para Andreia que estava no seu lado.

Raviel levantou uma mão e tampou seu olho, contando o que tinha acontecido para ela com uma voz fraca.

Érika ficou com rosto branco depois de ouvir a história:

- Meu Deus, como eles poderiam ser tão cruéis? Eles queriam até suas vidas! Vou chamar a ambulância agora mesmo.

Ela pegou o celular assim que terminou de falar.

- Não precisa - Raviel a impediu -, azoto pode deixar as pessoas morrer sufocado, mas fica tudo bem se pudesse respirar o ar fresco.

- É mesmo? Então está bem! - Érika deu um suspiro de alívio depois de ouvir isso.

Raviel descansou um pouco, e sua cabeça que estava tonta foi voltando ao normal. Ele se sentou e massageou as sobrancelhas:

- Como você sabia que estávamos aqui ainda?

- Eu adivinhei. Dani viu que Andy não voltou para casa ainda e não estava conseguindo ligar para o celular dela, então ele me ligou, e vim para procurar vocês - Érika respondeu, - Ainda bem que cheguei ao tempo, senão...

Raviel acenou com a cabeça, ele pegou Andreia no colo e a colocou no carro que estava perto deles.

Em seguida, ele ligou a lanterna e andou ao redor da fábrica, no final, voltou com uma máquina digital pequena.

Érika gritou de surpresa ao ver a máquina:

- Bloqueador de sinal! Onde você achou isso?

Raviel não respondeu, ele pegou o lenço do bolso para embrulhar o bloqueador e jogou para ela:

- Procura alguém para identificar as impressões digitais que tem acima dele.

- Okay. - Érika acenou de sim.

Raviel entrou no carro e dirigiu em direção do apartamento.

Depois de Andreia acordar na manhã do dia seguinte, percebeu que não estava na fábrica, mas sim numa cama macia, então ela ficou surpresa:

- Não morri?

- Claro que não, se eu não tivesse chegado a tempo para salvar vocês, você estaria no crematório nesse momento. - Érika se apoiou na porta do quarto e falou sem paciência.

Andreia levantou a cabeça para olhá-la:

- Eri?

Érika foi em direção da cama, pegou a roupa que estava na cama e jogou em direção da cabeça de Andreia:

- Sou eu, levanta-se logo para tomar o café da manhã.

Andreia lhe respondeu com um “sim” e em seguida se precipitou sobre ela:

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