Raviel parou de limpar a mão ao ouvir:
- O que foi?
- Que coisa! Está sem sinal! - Andreia balançou o celular, - Seu celular está com sinal, presidente Raviel?
Raviel dobrou o lenço e colocou no bolso do peito, depois tirou o celular do bolso da calça:
- Não estou com sinal.
- O seu também está sem sinal? - Andreia ficou um pouco surpresa, - Como assim?
Raviel não respondeu, ele baixou seu olhar e não dava para saber do que estava pensando.
Andreia deixou o celular no lado:
- Presidente Raviel, vou verificar se tem sinal lá fora.
Raviel não a impediu.
Andreia foi em direção do portão da fábrica.
Depois de chegar, ela ficou surpresa de ver que o portão que estava aberto antes foi fechado e de repente, teve um mal palpite em seu coração.
Será que o portão foi trancado?
Ao pensar nisso, Andreia segurou a maçaneta de pressa para tentar abrir o portão, mas não conseguia de nenhum jeito.
Dava para perceber que o portão tinha sido trancado mesmo.
Raviel veio a sua direção, entendeu a situação no momento em que viu o que estava acontecendo, sua expressão ficou sombria:
- Não dá para abrir o portão?
Andreia afirmou com a cabeça:
- Foi trancado por alguém de fora.
- Então é verdade. - Raviel não ficou surpreso com isso.
Ao ouvir sua fala, Andreia largou a maçaneta e olhou para ele:
- Presidente Raviel, você sabia que o portão foi trancado?
Raviel tocou no portão:
- Tinha sinal o tempo inteiro quando Érika ainda estava aqui, depois que ela foi embora, nosso celular ficou sem sinal, é bem aparente que alguém não quer que tenhamos contato com os outros. Foi instalado o bloqueador de sinal fora da fábrica se adivinhei certo.
- O bloqueador de sinal! - Andreia torceu o nariz.
Raviel colocou a mão no bolso de novo e falou:
- Os bloqueadores do mercado só podem ser usados em um prédio ou uma casa, eles não conseguem proteger os sinais de uma grande área.
- Então o que podemos fazer agora? Não podemos sair nem ter contato com alguém de fora. - Andreia ficou um pouco nervosa e esfregou o cabelo com a mão.
Raviel virou-se e foi para dentro:
- Não adianta nada mesmo que você ficasse nervosa, é melhor se preocupar com que vamos enfrentar depois.
O coração de Andreia tremeu após de ouvir isso:
- Presidente Raviel, você quer dizer que talvez tenhamos perigo?
- Tem uma grande possibilidade, senão, por que nos trancaram aqui? - Raviel falou com o tom mais profundo.
Andreia o seguiu de volta para o lugar de onde estavam, e seu olhar estava cheio de pena:
- Desculpa por ter te envolvido nessa coisa, presidente Raviel.
- Não é nada, fui eu que não quis ir embora. - Raviel desmontou uma caixa de papelão e colocou no chão, depois se sentou e deu uma batida leve no lugar de lado, - Não está cansada de ficar no pé o tempo inteiro? Sente-se! Seja qual que for o perigo, é só a gente enfrentar juntos.
Andreia deu um sorriso amargo e se sentou no seu lado.
Ela ouviu Raviel falando depois de se sentar:
- Acho que Renata comandou isso também.
- Como você tem tanta certeza? - Andreia perguntou abraçando seus joelhos.
Raviel deu um riso:
- Se meus seiscentos mil fossem roubados, não me reconciliaria e com certeza iria tentar recuperá-lo. Mesmo que eu não conseguisse pegar de volta, meu inimigo não pode pegar de graça. Aquele ladrão falhou no assalto ontem à noite, é claro que ela vai pensar em outras maneiras para lidar com você.
- Mas como ela soube que essas máquinas são minhas? - Andreia mordeu os dentes.
Desde início era Érika que lidou com as máquinas.
- Isso é difícil de saber? - Raviel deu uma olhada torta nela, - É só ver o extrato daqueles seiscentos mil e dá para saber tudo.
- Ah, isso... - Andreia bateu na testa irritada, - Como eu poderia me esquecer disso.
- Bem, não adianta ficar irritada, é melhor você começar a pensar como lidar com ela depois de sair. - Raviel apertou as sobrancelhas e falou cansado.
Andreia sorriu:
- Isso é fácil.
- Você já arrumou alguma maneira? - Raviel franziu as sobrancelhas.
Os olhos de Andreia estavam brilhando:
- Claro, você vai ver, presidente Raviel, vou terminar com Renata depois de eu sair.
Ao ver seu jeito confidente, os lábios de Raviel se elevaram com alívio:
- Está bem, então vou esperar suas boas notícias, mas agora estenda sua mão.
- O que foi? - Andreia o obedeceu e estendeu as mãos mesmo que não soubesse o que ele iria fazer.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mais do que paquera
Esse final não condiz muito com a estória, parece que está faltando páginas...
E Levi segue de otario na estória, Erika não tem responsabilidade afetiva nem por ela mesma vai ter por Levi?? E pra quer pelo amor essa gravidez nesse relacionamento?? Futura abominação o filho desses dois. Só sinto por Levi, pois parece uma boa pessoa....
Relacionamento muleta não dá certo, uma hora as muletas quebram 🤔...
Que a Erika é uma protagonista sem amor próprio já estava claro no decorrer da estória, mas fico me perguntando qual a intenção da autora com essa gravidez de um psicopata??? Uma Bia no futuro??? Não porquê se nascer com todo o genes do pai, será mil vezes pior que a Bia. Muito sem noção e totalmente desnecessária essa inclusão de gravidez para uma protagonista submissa a relacionamento abusivo. E ainda criou um otario para o felizes para sempre!! Isso é fazer o leitor de palhaço 🤡 🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡...
É muito surreal e depreciativo criar e desenvolver uma protagonista que toma decisões da forma que a Andreia está fazendo, É a mesma coisa de chamar as mulheres de burras e sem noção da realidade...
Já li livros com protagonistas burras, mas igual essa Andreia nunca. Por mais que faça parte do mistério do livro é até uma ofensa às leitoras esse enredo de uma personagem sem noção do perigo para ela e para os filhos se colocando nas mãos de um louco....
Meu Jesus, me desculpe a autora mas a Andréia é muito negligente como mãe. Como deixar duas crianças de menos de 05 anos sozinhas??? E isso está ocorrendo desde o início do livro Ela ainda queria ficar no hospital deixando as crianças com fome Que mãe é essa em!...
O livro parece interessante mas os desencontros está ficando cansativo...