I
Luíza
Sexta-feira chegou e estamos nesse momento entrando na cobertura. Lucca não me disse para onde vamos, não deu nenhuma pista, o que dificultou para que eu escolhesse uma roupa, então trouxe duas opções, espero que sirva.
—Vem aqui Ragazza, quero te entregar algo! — Ele fala no tom que eu já conheço bem. Ele já tem um tom um pouco autoritário, porém quando ele está realmente mandando, eu já consigo decifrar.
—Ah, Lucca, para com esse mistério, caramba! — Ele sai me puxando em direção ao quarto dele. Vai em seu closet e volta com duas caixas douradas nas mãos.
—Abra! — Olho para ele e faço o que ele diz.
Não sei o que dizer.... Caramba!
É uma saia de um couro brilhoso super curta, com uma pequena fenda na coxa, um tipo de corpete rendado com transparência, um casaco preto croped e uma calcinha também preta de renda super transparente e delicada. A roupa é um escândalo! Muito sexy e para completar um sapato louboutin — que deve custar meu fígado — altíssimo, lindo demais. Eu só penso onde vamos para eu ir com essa roupa.
—Nossa... É lindo! Mas isso deve ter sido muito caro Lucca, você é maluco — ele faz aquela cara, com o olhar que já conheço. Sei que não tem conversa quando ele encarna o dominador.
—Não interessa quanto custou Luíza, eu quis fazer uma surpresa e você vai deixar que eu faça! — Só concordo. Vou dizer o que?
—Quando for se arrumar, faça um rabo de cavalo bem alto e seguro, tudo bem? E maquiagem a prova d'água se possível! — Não estou gostando nada desse ar malicioso e misterioso dele. Estou ficando nervosa — Vamos jantar, depois tomamos um banho para nos arrumarmos para sair!
Assim nós fizemos. Jantamos um risoto delicioso, que Marta deixou para que comecemos e suco de laranja bem gelado. Depois tomamos um banho tranquilo juntos — o que foi um milagre.
Lucca se comportou bem — logo ele estava pronto. Todo de preto — um crime de tão gostoso — e desceu dizendo que já, já voltava.
Fui me arrumar. Fiz uma maquiagem marcando bem meus olhos — o destaque hoje seriam eles — e na boca apenas um gloss cor de boca. Prendi os cabelos como fui instruída, deixando-os bem presos. A roupa caiu como uma luva no meu corpo e ficou perfeito com o sapato — estou me sentindo poderosa. Estava distraída olhando no espelho, quando senti a mão dele alisando minha nuca.
—Você está linda Ragazza! A roupa ficou perfeita em você — largou um beijo bem atrás da minha orelha, me fazendo arrepiar — tenho mais uma coisa para te dar — ele fala abrindo uma das gavetas do closet. O que será agora?
—Quero que use essa coleira hoje, tudo bem? Isso é para que saibam que você pertence a um Dom e não está disponível. Antes que pergunte, ela é exclusivamente sua! Tudo que eu vier a te dar Luíza, vai ser pensando no seu jeito, na sua personalidade e no quanto você é especial — engulo em seco, tanto pela explicação sobre o significado da coleira quanto pelo que falou depois, porque ele cada dia que passa, ele entra mais no meu coração e falando desse jeito, só piora.
—Certo, vou usar sim e que bom, porque você também é especial Lucca! — Ele sorri, me dá um selinho e põe a coleira no meu pescoço.
—Está ainda mais irresistível agora! — Dito isso, ele toma minha boca de modo feroz, tirando cada resquício de gloss — Vamos?
—Só vou retocar o gloss e pegar a bolsa! — Ele assente.
Faço o que tinha que fazer e descemos para a garagem e hoje ele me guia na direção de uma Ferrari preta de tirar o fôlego — quantos carros será que ele tem? — Abre a porta para que eu entre, da a volta, se acomoda e logo o ronco do motor toma os meus ouvidos. Em minutos estamos pelas ruas da grande NY.
—Lucca, quantos carros você tem? — Ele me olha rindo.
—Tenho quatro Luíza! A Lamborghini que você bem sabe, essa Ferrari, uma Porshe 911 turbo e a SUV preta que você também já conhece.
—Nossa! E eu pesquisando carros para comprar com Emma! — Falo rindo do quanto são coisas totalmente opostas e ele ri junto.
—Quer ajuda para escolher?
—Na verdade, nós meio que já decidimos. Nós estamos bem apaixonadas num Chevrolet Spark. O preço cabe no nosso bolso, ele tem um bom espaço e atende bem a o que precisamos — falo empolgada, não vejo a hora de termos nosso carrinho.
—Vamos continuar! — Ele agora nos dirige a uma outra sala.
Aqui o lugar é dividido por paredes todas de vidro, como um grande aquário. Em cada "aquário" tem um grupo de pessoas compartilhando seus parceiros ou fazendo ménage, pessoas presas em camas, amarradas, vendadas, ajoelhadas, etc — por incrível que pareça, não me sinto constrangida ou com medo, muito pelo contrário — Aqui o ar é ainda mais sexual! Estou me sentindo quente!
—E aqui, o que achou? — Ele me olha e sei que sabe que estou ficando cada vez mais excitada. Lucca é bastante perspicaz e como um bom dominador, sabe ler muito bem o meu corpo.
—Achei interessante. Para falar a verdade estou me sentindo quente! — Falo apertando meus dedos e sei que estou vermelha. Lucca sorri malicioso.
—Você é perfeita Bella! — Beija meu pescoço — Venha, vou te levar a última parada!
Lucca agora vai para um lugar parecido com o dos "aquários", só que esses, apenas uma única parede é de vidro. Ele passa o cartão na porta e entramos. Tudo que um quarto de jogos precisa, tem aqui. É tudo muito luxuoso, em tons de roxo, preto e dourado. O cheiro é de couro e limpeza. Tem uma cama enorme de ferro bem no cetro, frigobar, um sistema de som próprio e uma porta que creio ser um banheiro.
—Bom Luíza, quero te propor algo — ele segue com o tom autoritário, porém carinhoso comigo.
Estamos de pé no meio do quarto — Pensei em jogarmos bem aqui! Este quarto é meu aqui nesse clube, como deve ter percebido é tudo cem por cento limpo e organizado. Ali naquela parede de vidro temos a opção de baixar um tipo de peciana, mas minha proposta é de jogarmos para que as pessoas que queiram, possam nos ver. Daqui para lá o vidro parece mais escuro, mas de lá pra cá podem ver tudo. Nós só jogamos de verdade uma vez, de forma branda e até didática eu diria, já que esclareci muitas dúvidas suas. Então, você quer fazer isso ou prefere que fique só entre nós? — Fico olhando para ele atentamente, pensando.
—Eles podem nos ouvir? — Preciso entender tudo.
—Sim, eles podem nos ouvir, igual nos "aquários" e claramente nas cenas do segundo ambiente. Quero só deixar claro que tudo que acontece aqui dentro, fica aqui dentro. Existe um termo de confidencialidade onde cada membro deve ler, acordar e cumprir, sujeito a multa. É seguro! Lembre-se que tudo será sempre no seu limite, vou sempre estar me comunicando com você, dando alguma ordem, mas só paro se você pedir. Você tem as palavras de segurança, lembra delas, não é?
—Lembro sim! — Respiro fundo, olhando os seus olhos azuis expectantes. Eu quero isso? O fato de saber que as pessoas vão nos ver me deixa envergonhada, mas ao mesmo tempo excitada e curiosa.
O que eu faço?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu CEO Dominador
Ué, cadê o resto do livro ?...
Ué, concluido assim, 4 capitulos?...
Mas capítulo por favor...