Meu Companheiro Me Odeia romance Capítulo 8

Patrícia

Minha mãe apareceu na porta.

"Querida, Tobias disse que quer ir para casa", ela disse. Graças à deusa, eu pensei. Talvez eu pudesse colocar minha cabeça em ordem sem ele por perto. Além disso, ainda precisava me preparar para a escola na manhã seguinte. Vocês pensariam que ficar noiva do futuro Beta poderia significar que não iria mais à escola, mas só faltavam mais duas semanas, e então estaria tudo acabado. Além disso, apesar de ser tecnicamente legal no Reino Unido deixar a escola aos dezesseis, nossa alcateia tinha um requisito de que todos os membros da alcateia continuassem até os dezoito, no mínimo, dentro do currículo obrigatório de treinamento da alcateia.

Sorri para minha mãe. "Tudo bem, vou me despedir.” Fui para sair do meu quarto, mas minha mãe bloqueou meu caminho.

"Patrícia, onde estão suas malas?" ela perguntou, olhando ao redor do meu quarto.

"Malas?" Eu perguntei, confusa.

"Ah, não me diga", Morgan resmungou atrás de mim, e eu me virei e olhei para ele, ainda confusa.

"Querida," minha mãe disse. “Você está se mudando para a casa da alcateia. Você sabia disso, não sabia?” Er, não, eu não sabia! Essa era uma novidade para mim. Eu sabia que eventualmente seria esperado que eu me mudasse para a casa da alcateia, mas não hoje, não imediatamente!

"O que, mãe, não!" Eu exclamei. "Isabella levou dois meses antes de se mudar.”

"Sim, eu sei, querida, mas você e Tobias estão noivos agora. Quer dizer, a festa de noivado será neste final de semana!" Meu coração afundou com o que ela estava dizendo. Eles já haviam começado a planejar a festa de noivado! As coisas estavam se movendo rápido demais para mim. Comecei a sentir-me tonta e sentei no chão antes de cair.

"Ah, não! Patrícia, querida, o que há de errado?" Minha mãe começou a se agitar, mas a voz dela estava fraca. Um zumbido alto enchia meus ouvidos, e eu sentia como se meus olhos não pudessem se concentrar. Era tudo demais, e essa era uma maneira de bloquear tudo.

Então senti faíscas na minha bochecha, e eu fui chocada de volta à realidade. O quarto estava lotado, mas meu foco voltou-se para Tobias, que estava ajoelhado bem na minha frente, acariciando minha bochecha. Ele até parecia preocupado e sorriu quando eu me concentrei nele.

"Ei, Moranguinho", ele sussurrou. "O que há de errado, querida?" Ele se inclinou para frente e tocou levemente meus lábios com os dele, e as faíscas causaram arrepios na minha espinha.

“Acho que ela está um pouco sobrecarregada com tudo," minha mãe disse. "Ela tem ataques de pânico de vez em quando.”

"Ah, Moranguinho," Tobias ronronou. "Que tal irmos para casa, e aí eu posso cuidar de você direito?" Ouvi murmúrios de admiração dos outros, mas eu vi os olhos de Tobias quando ele disse isso, e o olhar sinistro que passou por eles me fez recuar. Eu balancei a cabeça e me afastei mais.

"Eu-eu não tenho nada empacotado", gaguejei, esperando que isso fosse um motivo para ficar em casa. Eu estava sem sorte.

"Tudo bem", disse ele, com um tom seco. "Você tem dez minutos, e então eu quero ir embora". Eu já podia ver que ele estava irritado e provavelmente cansado de manter a farsa de ser o companheiro amoroso. Eu mordi meu lábio para segurar as lágrimas, e então Selena falou.

"Tobias, por que você não vai para casa? Tiana e eu vamos ajudar Patrícia a empacotar suas coisas, e então eu a levarei para casa mais tarde". Como filha do Gamma, Selena morava na casa da alcateia junto com o Beta e a família do Alfa. Pelo menos eu estaria morando com uma das minhas melhores amigas. Tobias olhou para Selena e sorriu.

"Isso soa perfeito!" ele disse e então olhou para mim. "Te vejo em casa logo então, companheira!" Ele se inclinou e me beijou novamente, desta vez muito mais forte, antes de se afastar e se levantar. Ele saiu do meu quarto sem uma segunda olhada, e menos de um minuto depois, ouvi a porta da frente se fechar. Foi reminiscente da noite passada, e não pude evitar de cair em lágrimas.

"Bem", disse minha mãe, incerteza na voz. "Eu vou deixar vocês garotas resolverem isso", ela acrescentou antes de deixar o quarto. Meu pai ficou na porta, sorriu para mim, e então olhou para trás de mim.

"Vamos lá, Morgan", ele disse. "Acho que é hora de termos uma conversa". Morgan se levantou e saiu do quarto, mas parou na porta.

"Não se preocupe, garoto", ele disse. "Vou descobrir algo. Vou consertar essa merda". E então ele foi embora.

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