Meu Delegado Obsessivo romance Capítulo 55

Lombriga

Menor - Lombriga, o chefe tá a fim de batê um léro contigo, ele disse que é urgente

Lombriga - Belê, avisa pra conta cinco que eu já tô baixando aí na boca

O Imperador não tinha o costume de chama a gente na xinxa, mas quando chamava era porque o negócio era importante, eu já tava nas ideia do que era. As coisas na comunidade correm mais que vento mermão, ainda mais do jeito que aconteceu, não tinha como deixa aquilo escondido. O filha da puta do Rafael teve a ousadia de pegá seja lá quer for, nas costas do Imperador e ainda acaba com a pessoa na base da ripada, se ele acho que ninguém ia fica sabendo, então se engano, porque não tinha como esconde aqueles gritos todos, nem eu que não ligo muito pra essas coisas deixei de repara. O Rafael morava muito perto da minha goma, só que a casa dele era diferente sabe, bandido metido a granfino, o cara tinha uma casa que chegava a competi com a do Imperador, e ainda se achava o dono do pedaço só porque o dono do morro tratava ele como irmão

Filha da puta do caráleo, usava isso só pra chega chegando pra cima da gente e fica exigindo coisa que nem o Imperador exigia, usando o nome do dono do morro. O cuzão achava que tava abalando, mas mal sabia ele que todo mundo ali no redor do Imperador só ficava esperando, na ansiedade, que aquela desgraça cometesse um único erro pra fazê do cara uma bela de uma peneira

Valeu a pena espera, demorô, mas valeu a pena, eu só não entendia como ele foi cometê aquela puta cagada. O cara mexeu justo com a mulher de um delegado que todo mundo sabia que devia passa era longe, se visse o cara de um lado da calçada, o mais certo a se fazê, era troca de passeio, nunca tromba com o homem, mas o Rafa não, ele quis dá uma de fodão e atiçou a fera, agora a gente tava lá, correndo atrás do prejuízo pra podê reverter a situação, a gente não né mermão, o Imperador mesmo

Lombriga - Coé chefe

Imperador - Preciso que tu desenrole uma fita pra mim

Lombriga - Fala que eu te escuto chefe, tô pronto pra servir

Imperador - Bora lá pra casa do Rafael pra pegar a mina que ele sequestrou e...

Lombriga - Fiquei sabendo, a mina do delegado né, puta cagada

Imperador - A comunidade já tá sabendo?

Lombriga - Ô, tu sabe que rádio peão é mais que eficiente né chefe

Imperador - Mas é um carai mesmo hein, agora vamos ter que correr atrás do prejuízo com juros, o Rafael vai me pagar... bora lá pra goma dele pegar a mina e dar um jeito de fazer moeda de troca, eu não tô nem um pouco a fim de lutar com esses samangos todos aí, mesmo porquê, eles conseguiram fazer uma puta de uma surpresa

Ele começo a me passar a fita toda. O caso era simples, eu tinha que ir lá na goma do Rafael, dá um jeito de pega a mina, deixa ela num lugar seguro, depois desce o morro na surdina, no meio daquelas balas todas, acha a porra do delegado porque com certeza ele tava no monitoramento de tudo e fazê um passa ou repassa com ele

Simples, na boca de quem não vai fazê nada é muito simples mesmo, mas Deus tava do meu lado, do meu ou da mina porque assim que eu dei uma fitada por fora da casa, percebi que o Rafael uma hora dava uma de ousado, na outra dava uma de covarde. O cara tinha se picado, pra onde? Eu não sabia, mas também não tinha tempo de descobri não. No meio do caminho ainda passei o radinho pro Imperador, só pra dá a informação da mina e segui a que ele queria me dá, o local aonde eu devia deixa ela

Porra, a mina tava toda acabada, certeza que tinha levado a surra da vida, aquela que ninguém se atreveu a dá. o Rafael tinha o dom de fazê com que uma pessoa sofresse mais do que até merecia, o que de cara, deu pra vê naquela mina

O rosto tava inchado, com o olho roxo, fora todos aqueles hematomas que ela tinha por todo o corpo. Eu já acompanhei várias ripadas sabe, mas o que eu tinha ali na minha frente era coisa de ódio mortal, não dava nem pra acredita que aquela mina ainda tava no mundo dos vivos, mas também, não tinha tempo pra fica observando tudo aquilo, tava na hora de dá o próximo passo

Lombriga - Menor, tá na escuta?

Menor - Opa, falae

Lombriga - Tá vendo algum comando aí no meio da porra toda?

Menor - Tô pô, é o cara lá da delegacia

Lombriga - Aonde?

Menor - Bem na entrada do morro, fazendo o caveirão de escuto, atrás da barricada principal

Lombriga - Belê

Lógico que ele não ia subi, mesmo com todo aquele aparato, ele não era o trouxa de se coloca como escudo, ainda mais tendo o Imperador como cabeça no morro, o delegado sabia muito bem que o Imperador não ia medir esforço de bala caso ele fosse com tudo, só que não tinha ideia que aquele cabeça também tava fazendo das tripas coração pra evita uma coisa que ele nem tinha causado

Subi na minha moto e entrei em viela atrás de viela, desviando de bala que a gente mesmo dava, até chega na cola do delegado, de um jeito que não deu pra ele perceber de onde que veio o bote

Devagar, camuflado na porra toda, peguei meu cano e enfiei bem na lateral do corpo dele, naquela parte que o colete não pega

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