Meu melhor amigo(Completo) romance Capítulo 2

Tia Lili sempre adorou o jardim dela. Da sua casa grande e cheia de utensílios de última geração, o jardim era o lugar mais valioso. Ele ficava alguns metros da piscina. Eu tinha aprendido a cultivar e amar cada flor daquele jardim com ela.

Naquela manhã não fora diferente. Eu tinha acordado cedo e deixado o preguiçoso do Bruno na cama dele. Estavamos de férias e eu queria aproveitar cada pedacinho dela. Por isso acordava cedo.

Tomei meu café da manhã com biscoito e chocolate que tia Lili sempre reclamava em me dar. Para ela eu deveria comer mais frutas, leite e derivados. Eu nunca gostei dessas coisas, apesar de comer, principalmente quando estava na casa dela.

Depois de comer fui regar as flores do jardim. Não eram nem dez horas e sol estava quente em meio a um céu azul sem nuvens. Lindo! Assim que terminasse com as rosas eu pularia na piscina.

_Cara... Por que acordou tão cedo? Bruno reclama vindo em minha direção coçando o olho direito e com o rosto amassado.

_Você que está acordando tarde. Preguiçoso!

_Vamos lá menininha, larga essa mangueira e vem jogar comigo. - Eu detesto quando ele me chama assim, só porque ele é um ano mais velho não precisa falar como se eu fosse uma pirralha de quatro anos suja de meleca. Bruno sabe o quanto eu odeio esse apelido e faz isso só pra irritar. Viro a mangueira na sua direção e o molho.

_Droga! Para com isso Ana! Que saco. Eu acabei de acordar.

_Problema é seu, você sabe que não gosto quando me chama assim.

_Sua fedelha! - Bruno chama só para me irritar porque quando volto meus olhos os seus, lá está aquele sorrisinho presunçoso dele.

_Vou te mostrar a fedelha! Volto a jogar água nele, apertando com mais força o gatilho da mangueira.

Bruno corre até mim e começamos uma guerra para saber quem molhava quem. Em meio a risos e reclamações por minha parte, porque meu amigo é muito mais forte que eu e sempre me vence.

Acabamos caídos na grama com Bruno em cima de mim segurando e mangueira em cima da minha cabeça, prendendo minhas mãos. Nós gargalhando como bobos até que o sorriso de Bruno se desfez em um semblante sério, um olhar diferente de todas os que ele já me deu fez meu coração disparar um pouco.

Eu fiquei tão séria quanto ele, tentando entender o que se passava na cabeça do meu melhor amigo. Por um instante olhei para os lábios dele e quis beijar-lo. Eu sei que foi errado pensar nisso, Bruno é meu amigo, meu melhor amigo, daqueles que sabem tudo sobre você, tudo que você fez, o que quer, o que gosta.

Me senti horrível com esse pensamento e desviei o olhar.

_Ana? - Olho para ele novamente, tentando não olhar para os seus lábios - Posso te beijar?

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