Bruno.
Eu acordei sozinho. Sentia o cheiro dela no meu corpo no meu lençol, em tudo. Por um momento achei que fosse só um sonho. E então senti a leve ardência dos arranhões que ela fez nas minhas costas. Abri os olhos sorrindo, aquilo foi maravilhosamente real.
Me levantei em busca dela, procurei por toda a casa e liguei, liguei. Aquela garota veio na minha casa me deu esperanças, eu me entreguei a ela só para acordar sozinho. Senti culpa e raiva, senti medo.
Eu fiz isso com ela, eu disse que a amava, usei como quis e depois eu deixei sozinha, eu abandonei, assim como ela fez comigo. Ana não faria isso por vingança, não ela não faria...
Decido ir atrás dela. Procuro ela na casa dos meus pais, na casa dos pais dela. Ligo para todos até parar na casa dela eu quase derrubei a porta e liguei tantas vezes que não seria capaz de contar e então lá estava ela abrindo a porta com sua linda cara de sono.
Eu queria beija-la. Queria abraça-la e beijar até não ser capaz de respirar. Entro pela porta sem pedir licença, sou invasivo, grosseiro até. Quero tirar isso a limpo e vou fazer agora, porque depois que eu quero descontar toda a minha frustração no corpo dessa mulher que está me deixando maluco.
_Por que você fez isso?
_Fiz o que...? - Ana está procurando tempo para pensar, só pode!
_Você sabe, me deixar na cama, sozinho! Passamos a noite juntos, pensei que tivesse me perdoado... - pensei em dizer que não esperava que se vingasse me dando o troco na mesma moeda.
Ela respira fundo, olha para piso. Só então percebo que ela está vestindo apenas a regata e uma calcinha.
_Desculpa... Eu não esperava que as coisas fossem terminar assim... - vejo que ela está me escondendo algo e decido pressionar.
_Não esperava ir até o meu apartamento dormir comigo e ir embora? Pensei que esse fosse exatamente o seu pensamento quando chegou lá. - tento brincar.
_E era... - me aproximo dela e ela se afasta sem me olhar nos olhos, continua - eu pensei que você fosse fazer diferente... - tento outro passo e ela volta a se afastar.
_O que eu fiz de errado? - minha voz mostra toda a minha decepção, pensei ter sido o mais carinhoso possível, eu tentei ser o melhor. Ela me olha assustada e volta a olhar para os próprios pés, nega com a cabeça durante um longo tempo antes de me olhar nos olhos.
_Esse é o ponto. Você não fez nada de errado... Você. Droga! Eu esperava que fizesse, seria muito mais fácil e... - ela tenta explicar e me confundi muito mais.
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