Meu Namorado Peludinho — Um Lobisomem Nada Convencional romance Capítulo 7

Natã balançava o rabo enquanto se aproximava:

— O que será que humanos gostam de comer? E as mulheres humanas, o que preferem? Sinceramente, tio, eu também não faço ideia.

O homem de jaleco branco de chef não tinha mais que trinta e dois anos, mas, no meio daquela turma que mal tinha passado dos vinte, já era considerado o “tiozão” do grupo.

Conseguia esconder muito bem as orelhas e o rabo de lobo — devia viver há tempos entre os humanos. Seus cabelos negros caíam pesados sobre a testa marcada por uma cicatriz. O peito largo e os braços fortes davam a ele aquele ar robusto, quase rude, que muitos diziam ser “charme de homem vividão”.

Ele respondeu, sem muita preocupação:

— Eles, os humanos, gostam de comida cozida, simples assim. Se está pronto, é só comer.

— Para o filhote da chefe, deixa pronto leite, carne de boi, todos os tipos de leite em pó. Tem até leite de lobo ali — vai, prepara tudo.

Eles anteciparam o café da manhã cedo.

Na escada em espiral, espalhados pelos degraus, uns de um lado, outros do outro, todos se acomodaram tortos, sem vontade de sair. Só queriam ver com os próprios olhos como era aquela humana que tivera um caso com a chefe — e claro, o filhote adorável. Uivo coletivo!

—

Ficaram esperando até as dez horas.

Na porta da escada apareceu um filhotinho faminto, ainda cheirando a leite.

Todos sentiram o cheiro, mas ninguém ousou se mexer. Uma matilha de lobos, mas só olhavam, olhos brilhando, atentos ao pequeno.

Pepé sentiu um cheiro familiar, instigante, parecia de alguém como ele. Então abriu a boca, mostrou as pequenas presas e soltou um rosnado que pretendia ser feroz:

— Auuuu!!

Se era para se impor, nada melhor que começar assim.

Os lobos, todos com orelhas grandes em pé e rabos imóveis, caíram ao chão um após o outro, rendidos.

Foram todos vencidos pela fofura do filhote da chefe.

Pepé ficou surpreso. Ele era tão forte assim?

Ali, muita gente era igual a ele: orelhas, rabo… Seu coração se encheu de uma alegria e tranquilidade inesperadas.

O tio da cozinha trouxe o leite quente à mesa, chamando:

— Filhote, está com fome? Vem comer, cadê sua mãe?

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