Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 114

"Philipe sabe quem você realmente é. Ele sabe que quando era criança você já tentou matar alguém? Se ele soubesse, ainda estaria encantado pela sua bela aparência?" Marcos deu alguns passos em minha direção, aproximando-se. Vi seus dedos se levantarem e tocarem o ar, apontando na direção do meu queixo. Eu franzi a testa e desviei levemente, olhando para ele friamente.

Seu olhar estava fixo em mim, carregando um ar bizarro, especialmente quando ele enfatizou as palavras "bela aparência".

"O Senhor Martins não tem que me ameaçar. Desculpe, mas suas ameaças não me intimidam. Pode muito bem contar essa história de infância para Philipe."

Eu me atrevi a dizer isso porque estava confiante certa de que Marcos não revelaria esse segredo a Philipe.

Era um incidente insignificante para a Família Barros. Falar sobre assuntos femininos menores, que ainda era mais sobre algo sem fundamento de anos atrás, só o diminuiria para alguém como Marcos.

Além disso, o ponto crucial é que Marcos e Philipe não eram tão próximos a ponto de sentarem para conversar sobre tais coisas.

"Se está tudo bem, vou subir. O Senhor Martins fique à vontade." Eu comecei a subir as escadas com Dimo.

Só me fazia pensar que Marcos tinha algum problema. Saiu da casa da namorada no meio da noite, e me esperou lá fora só para trazer à tona velhas histórias para mencionar o suposto passado "trágico" de Dirce.

Quando passei pelo terceiro andar, vi uma porta aberta na casa leste, revelando metade de um belo rosto jovem no meio da porta.

Se fosse só isso, significaria que Dirce ocupava um lugar alto no coração de Marcos.

Poderia fazer com que Marcos suportasse o frio lá fora por uma hora por causa de uma questão tão pequena.

"Então, você realmente está atrás de homens ricos e poderosos. Quando estavamos na Casa de Bem-Estar Sunshine, era com esse objetivo que você se aproximou de mim, como se aproximou de Philipe."

Eu parei e me virei para olhar para Marcos, pensando que o vento deve ter secado seu cérebro para chegar a tal conclusão.

Realmente, eu tinha me aproximado de Philipe com um propósito, mas minha interação com Marcos foi uma coincidência.

Mesmo no orfanato, não troquei algumas palavras com ele, nem sequer tinha lhe dado um olhar direto. De onde ele tirou que eu queria me aproximar dele?

"O Senhor Martins, você está pensando demais. Você e Philipe não têm comparação."

Depois de dizer a verdade, continuei subindo as escadas com Dimo, sem me importar com a expressão de Marcos. O que ele pensava ou deixava de pensar, não tinha relação comigo.

Levou um tempo para eu processar sobre o que ele estava falando, por insistir tanto nesse assunto.

Lembrei de que quando adicionei Philipe pela primeira vez. Uma conversa não passava de três palavras.

Depois de nos conhecermos melhor, não esperava que ele fosse tão diligente.

Respondi com uma mensagem de voz, e disse "Aprendi."

Depois de enviar, percebi quão sonolenta e fraca minha voz soou.

Demorou um pouco, mas Philipe finalmente respondeu: "Boa noite, descanse."

Ele também enviou uma mensagem de voz, e a voz estava rouca de forma intensa. Havia algo ligeiramente estranho nela.

Eu não respondi mais. Fechei as pálpebras incrivelmente pesadas...