Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 115

No primeiro dia em que me mudei para o apartamento alugado, tive a noite mais tranquila desde que renasci.

Era o meu próprio refúgio seguro, sem ter que me preocupar em ser levada à força por alguém, sem estar sob ameaças, sem ter que fazer isso e aquilo para Dirce mesmo estando cega.

Olhei para o relógio. Eram exatamente oito horas.

Levantei-me, e fiz minha higiene rapidamente, pois tinha combinado com Philipe de ir ao hospital às nove.

Depois de passear rapidamente com o cachorro e preparar a comida para Dimo, desci as escadas e acabei encontrando a moça do terceiro andar.

Ela parecia alguns anos mais velha do que eu, com cabelos levemente ondulados e maquiagem impecável. Ao me ver, ela hesitou por um momento. Ela olhou com um olhar de hostilidade, e me examinou antes de continuar a descer as escadas.

Descemos juntas, e o carro de Philipe já estava estacionado lá embaixo, com ele encostado no veículo.

Ele, que já era alto, estava usando um terno escuro bem cortado hoje, o que destacava ainda mais a extensão de suas pernas. Acima, era uma gravata vinho, que foi perfeitamente arrumada em seu peito, complementada por um discreto prendedor de gravata.

Não era exibição de sua parte. Eu sabia que era apenas o estilo habitualmente adequado de Philipe.

Não diminuí meu passo. Mas a moça à minha frente parou lentamente, e os seus olhos brilhavam de admiração ao olhar para Philipe.

Ninguém podia resistir à aparência e ao carisma de Philipe, como Dirce costumava dizer, até mesmo na frente de Adriel. Mas, ele não percebeu o amor e o ciúme em suas palavras.

Vendo Philipe hoje, percebi que Dirce estava certa.

"Bom dia!" Philipe segurava um saco de papel pardo, de onde se podia ver marcas de óleo. Então, eu imaginei que deveria conter algo para o café da manhã.

"Comprei numa padaria que eu frequentava quando era criança. Se você não tomou café, coma um pouco. Os exames de hoje não exigem jejum."

Philipe me entregou o saco de papel.

Ao abrir, vi que continha pães e canjiquinha com ameixas.

Era um gesto raro de consideração. Foi algo que eu não sentia há muito tempo.