Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 123

"Dirce, volte para o seu quarto e reflita", repreendeu-lhe o Sr. Barros, demonstrando clara insatisfação com a atitude impetuosa da filha.

Então a voz do Senhor Barros soou novamente: "Sr. Correia, o café está pronto."

"Deixo para a próxima, Sr. Barros. A razão da minha visita foi lidar com as questões dos mais jovens. Agora que tudo foi esclarecido entre nossas famílias, devo me retirar. Há alguém me esperando no carro e não gostaria de fazer essa pessoa esperar mais."

Fiquei surpreso por um momento. Philipe usando uma desculpa? E, mais ainda, eu sendo a desculpa dele?

Mas, sinceramente, não me importava em ser essa desculpa para Philipe, afinal, ele inadvertidamente me trouxe aqui e permitiu-me presenciar o desenrolar da trama que eu havia armado.

"Ah, sim, quase me esqueci. A namorada do Sr. Correia está esperando no carro."

"Namorada?" Dirce ergueu a voz abruptamente, como se tivesse levado um choque.

"Dirce?" Natália a olhou, confusa .

"Não, não é nada!" Apesar disso, através do vidro do carro, consegui vê-la perto das escadas, de punhos cerrados e rosto virado, tentando conter a emoção que a dominava..

Se fosse Adriel ou Jacinto quem a vissem naquele de vulnerabilidade, seus corações provavelmente se partiriam de pena.

Enquanto a família Barros acompanhou Philipe até o carro, um outro veículo estacionou ao lado, chamando atenção.

Quem desembarcou foi Marcos, que chegou atrasado.

"Sr. Correia, já está de partida? Peço desculpas pelo meu atraso. Ainda não tive a chance de me desculpar formalmente pelo que aconteceu com o Sisinando, agi por impulso."

"Não há problema."

Marcos estava visivelmente amistoso com Philipe, até mesmo exibindo uma cordialidade difícil de ocultar, "Sr. Correia, por que não fica mais um pouco para tomarmos um vinho? Tenho duas garrafas excelentes no carro, acho que vai gostar.."

A voz de Natália soou: "Outra hora, Marcos. A namorada do Sr. Correia está esperando no carro."

Pelo vidro do carro, vi Marcos pausar por um momento e depois franzir a testa.

"Se for conveniente, o Sr. Correia poderia convidar a namorada para se juntar a nós. Já participei de diversos círculos sociais, quem sabe não nos conhecemos?"

Dirce, que até então parecia quieta, também se manifestou, com a voz trêmula e hesitante:

Ah, lembrei que, exceto por uma sopa de mocotó que eu havia embalado no restaurante, o porta-malas estava vazio.

A voz delicada de Dirce quebrou o silêncio:

"O que é esse cheiro? Está escrito 'sopa de miúdos' na embalagem."

"Tá escrito 'sopa de mocotó' na sacola, então é claro que é sopa de mocotó, deveria ter o gosto de sopa de mocotó. Não imaginava que o Sr. Correia gostasse de comer isso." Sr. Barros soltou uma risada sonora.

Quantas vezes o pai de Dirce já não tinha feito o papel de mediador para Dirce? Eu já tinha perdido a conta.

Philipe, no entanto, respondeu calmamente:

"Foi ela quem me levou para provar, e realmente é muito bom."

"Então é a namorada do Sr. Correia que gosta, não esperava que fosse uma moça tão pé no chão."

Eles trocamos mais algumas gentilezas e, pelo espelho retrovisor, todas as emoções de Dirce caíram nos meus olhos.Seus olhos estavam vermelhos de segurar o choro, quase mordendo os dentes de dor, mas ainda assim fixava o olhar em Philipe, sem querer perder um único momento, com uma expressão que denotava sua relutância.