Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 124

Philipe parecia não ter visto nada, trocou algumas palavras com o Sr. Barros, depois abriu a porta do carro e se acomodou no banco do motorista. Antes de dar partida, lançou um olhar breve para mim, seus olhos também se detendo por um instante na fresta da janela atrás de mim.

Eu sorri, pressionei o botão para fechar a janela e disse:

"Obrigada, Sr. Correia, por me trazer para ouvir as fofocas."

"De nada."

Ao ouvir isso, virei-me rapidamente para olhá-lo, mas não vi nenhum traço de zombaria ou brincadeira em seu rosto.

Ele estava falando sério?

Philipe me levou para casa. Ao chegarmos, olhei para ele antes mesmo de falar, mas Philipe se adiantou:

"Quando você tem férias?"

"No dia cinco do próximo mês, daqui a umas duas semanas mais ou menos." Respondi, sem surpresa. Já tínhamos conversado sobre a universidade antes, então sua pergunta não parecia fora de lugar.

Ele apenas assentiu, sem adicionar nada, e foi embora.

Fiquei o observando ir embora enquanto ele se afastava, antes de finalmente subir as escadas para o meu apartamento.

Quando já estava perto do último andar, fui surpreendida por um cheiro forte e incômodo de fumaça, misturado com perfume: uma combinação inconfundível. Era Adriel!

Por que ele estava ali?

Neste momento, ele deveria estar ainda envolvido com Dirce, com a família Correia interferindo, seu temperamento de jovem mestre afloraria ainda mais, fazendo-o assumir ‘responsabilidades’ por Dirce.

Mas ele apareceu aqui.

Eu não esperava que Adriel fosse procurar tão rápido. Ele realmente encontrou um lugar para alugar em apenas alguns dias.

Não parei de andar, mesmo vendo-o encostado na parede, com um olhar sombrio como se quisesse me devorar.

Meus dedos continuavam a deslizar pelo corrimão enquanto subia.

Por agora, preferi não revelar que podia ver essa coisa.

Foi Philipe quem me trouxe para casa.

Ele viu Philipe?

"Imagine só, você acha que merece?"

Como ele não continuou, também não insisti em perguntar. Estava cansada demais para os joguinhos dele, depois de um dia longo só queria encerrar aquela situação.

"Saia, ou eu chamo a polícia."

Adriel ficou visivelmente alterado. Sua expressão ficou ainda mais carregada enquanto ele avançava:

"Quem é o homem que te alugou este lugar horrível? Você se faz de difícil comigo, mas tá por aí se oferecendopara outro? Um velho pobre te aluga um lugar desses? E o motel? Ainda não me explicou sobre isso! E agora até ameaça me enfrentar? Cresceu asas, foi?"

Depois de dizer isso, ele me olhou com os olhos vermelhos de raiva, como se estivesse furioso consigo mesmo por ter falado tanto.

Parecia que ele ficou ainda mais irritado por eu não reagir, seus olhos ficaram mais vermelhos.

"Ah, esqueci, você é cega. Tanto faz quem seja. Pra você, todos os homens devem parecer iguais?"

"Mas Adriel, na minha opinião, se tem alguém nesse mundo mais repugnante que você, eu não conheço."

Por um momento, ele ficou paralisado. Era como se nunca tivesse ouvido alguém descrever ele daquela forma. Seus olhos mostravam incredulidade. Ele não conseguia acreditar, ou aceitar.