Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 191

Adriel falou uma frase desconexa que os outros não entenderam, mas eu pude compreender.

Ele disse que se arrependeu, e eu mais ou menos entendi sobre o que ele estava falando.

Quando eu perdi a visão, toda vez que eu não seguia suas instruções, ele recaía em seus maus hábitos e dizia que seria melhor me entregar, uma "ceguinha", para os outros se divertirem, já que eu não era obediente.

Foi a primeira vez que eu ouvi algo tão cruel. Cresci cercada pelo carinho dos meus pais, parentes e amigos, e ninguém jamais falou comigo daquela forma, mas Adriel sim.

Naqueles dias, eu mal conseguia comer. Sentia que não reconhecia mais o mundo, e ao mesmo tempo, parecia que o estava conhecendo novamente, de uma maneira assustadora, como nunca antes.

Por que alguém usaria palavras tão degradantes para tratar outra pessoa?

Naquele momento, Adriel viu que eu estava com muito medo e então disse calmamente: era só uma brincadeira.

Estou brincando.

Mas Adriel tinha pregado essa peça em mim mais de uma vez em sua vida anterior, e ele a usaria para me ameaçar a qualquer momento. Minha dignidade tinha sido desgastada uma e outra vez desde então.

O hospital estava um caos, com passos confusos e pessoas sem saber o que fazer.

Afinal, o ferido era o príncipe da Família Matos, e quem o espancou foi Adriel da Família Correia.

Jacinto havia tentado se defender do ataque de Adriel com um movimento do braço e foi jogado contra a parede. Um objeto cortante feriu seu braço, que agora sangrava abundantemente. O impacto foi tão forte que, além do sangue, provavelmente houve uma fratura.

Jacinto estava tão pálido de dor que os lábios perderam a cor e o suor frio molhou seus cabelos. Vários médicos e enfermeiros o cercaram, e até o diretor do hospital, alarmado, correu até lá.

Adriel tinha atingido Jacinto com um extintor de incêndio, e isso me surpreendeu completamente.

Empurrei Adriel para longe. No começo ele estava me segurando com força, mas quando eu o empurrei, ele recuou e não se forçou mais a me segurar.

Marcos percebeu tardiamente e agarrou a coleira de Adriel. "Eu acho que você é realmente louca, Dirce, chame o tio de Adriel e peça para ele vir e lidar com isso. Eu tenho medo que somente Philipe possa controlar esse louco agora!"

Mas agora Adriel estava realmente arrependido e se sentindo culpado, e eu pude perceber essas emoções.

Ouvi o riso frio de Marcos.

"Por causa de uma mulher, vale a pena? Lutar com todos nós e ferir seu próprio irmão, tudo por uma mulher, é coisa de tolo!"

Marcos concluiu, acrescentando, "Apenas uma mulher."

Depois, ele olhou para mim.

Ele foi o primeiro a saber que eu não estava mais cega.

Eu encontrei seu olhar, e não havia raiva ou tristeza em meu rosto como ele esperava. Eu sorri para ele, e enquanto Marcos estava ligeiramente atordoado, eu saí batendo na bengala.

Dessa vez Adriel não me impediu, ou talvez não tenha me visto sair.