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Meu Senhor romance Capítulo 21

Eduarda Amorim

-Duda, este é Bernardo.

Ele estende a mão para mim, e eu aperto.

-Prazer Mestre Bernardo.

-Muito prazer pequena Duda, ouvi falar muito bem de você.

Eu sorrio e abaixo a cabeça.

-Sente-se Bernardo. Quer beber algo...

-Aceito o nosso bom e velho escocês.

Meu Senhor vai até o bar, serve uma dose para ele e outra para seu amigo.

-Já contou para Duda que trabalhamos juntos, doutor?

-Ainda não, mais provavelmente você vai abrir essa boca enxerida, não é mesmo?

Ele ri…

-Sabe o que é Duda, ele não gosta de dizer para as pessoas, que eu sou o melhor médico que tem no hospital dele.

Ele tem um hospital? Senhor...

Ele é muito mais poderoso do que eu imaginava…

Eu sorrio. Meu Senhor faz um sinal para que eu sente no sofá, de frente para o Bernardo e eu obedeço. Me sento ereta com as duas mãos no colo.

-Você tem autorização para conversar com esse "boca aberta" Duda.

- Sim meu Senhor. Qual sua especialidade, mestre Bernardo?

-Ortopedia.

-Deve ser gratificante, salvar a vidas.

-Você se interessa pelo assunto?

-Comecei a me interessar a pouco tempo, assistindo uma série…

-Deixa eu ver se adivinho... Grey’s Anatomy?

Confirmo com a cabeça, e meu Senhor solta uma gargalhada.

-Camilinha também assiste, mas eu não vejo graça. Já vejo tanta merda no hospital!

-Olha a boca Bernardo!

-Desculpe Duda, fui mau educado...

-Tudo bem Mestre, quando irei conhecer sua submissa?

Eu pergunto curiosa…

-Camilinha? Em breve... Você já deve conhecê-la, ela também é do internato.

- Se ela tiver o hábito de conversar com alunas, talvez...

-Você não me disse que Camila antes de estar com você, ela ficou anos em outra relação de 24/7?

Meu senhor o lembra.

-Sim, dois anos. Faz mais de 3 anos que ela não volta ao internato.

-Eu só estive lá por dois anos.

-Entendi... Mas não vai faltar oportunidade.

Eu confirmo com a cabeça... ele é muito simpático e está se esforçando para me deixar à vontade. Mas fica difícil ficar à vontade na frente desse gigante.

É intimidante! Muito mais do que imaginei…

-Você não vai me perguntar qual é a especialidade do doutor aí?

-Não sei se devo, Mestre Bernardo. Não devo especular sobre a vida de meu Senhor…

Bernardo levanta uma sobrancelha e sorri…

-Bem treinada Arthur...

-Sim... Perfeita!

-Bom Duda, você tem razão, não deve especular sobre a vida de seu Mestre. Ele só te conta o que ele quiser contar, mas eu posso, então... (Arthur revira os olhos com a tagarelice do Bernardo). Esse cara aí é presidente do grupo Albuquerque, e um ótimo cardiologista. Ainda bem que ele escolheu uma especialidade diferente da minha, porque senão ele seria o segundo melhor médico ortopedista do hospital.

Meu Senhor bufa do meu lado, enquanto eu sorrio para ele.

-Então eu devo concluir que o mestre Paulo, é o melhor ginecologista do grupo Albuquerque.

Falo já rindo…

Ele pisca um olho e aponta para mim.

-Garota esperta!!!

-Chega dessa baboseira, não é mesmo? Vamos jantar, porque a Açucena já disse que está pronto.

Meu Senhor se levanta, e me pega pelo braço me levando até a mesa, e eu me sento ao seu lado. Bernardo senta na minha frente .

O jantar transcorreu sem problemas. Eles conversavam sobre trabalho e sobre outras pessoas que eu não conhecia. Me mantive com a cabeça abaixada, jantando silenciosamente. Ele mais uma vez serviu pudim como sobremesa. Meu coração ficou quentinho com o agrado.

Depois do jantar voltamos para a sala, e eles continuaram conversando sobre várias coisas, tomando licor.

-Duda, você pode se dirigir para o playground e se preparar da forma que eu ensinei.Daqui a pouco estaremos lá.

-Sim, meu Senhor. Com licença…

-Fique à vontade Duda! (Bernardo fala para mim sorrindo).

Quando meu Senhor usa este tom comigo, o tom de Dominador, meu corpo obedece instantaneamente, e minha mente entra em expectativa para o que virá a seguir. Respiro fundo e me levanto, indo em direção ao quarto de jogos.

Agora tenho um papel a cumprir: o papel de submissa. Devo agradar meu Senhor!

Será o meu primeiro teste!

Entro no quarto, e fecho a porta atrás de mim. O cheiro de desinfetante e couro, invade as minhas narinas. Tiro o vestido e dobro ele, botando em cima de um banquinho que tem ao lado da porta, tiro a lingerie e os saltos. Só fico apenas com a coleira, que só sai do meu corpo na hora do banho.

Me ajoelhei perto da porta e espero. Enquanto isso dou mais uma olhada no lugar. Tudo muito limpo e organizado.

Duas cômodas no canto onde ele deve guardar seus apetrechos. A cama parece ser macia, a cruz de Santo André, que tantas vezes fantasiei ser tomada sob ela. O cavalete pode ser usado como punição, como também fonte de prazer. Aquelas cordas, grades e correntes, eu respiro fundo. É tanta informação e tanta vontade de experimentar tudo, que não vejo a hora.

Eu me encontrei sendo submissa, pretendo experimentar tudo que eu puder com o meu Senhor. Já me sinto excitada, só a expectativa, o não saber o que vai acontecer , me deixa com muito tesão.

Perco a noção do tempo. Quantos minutos se passaram? 5, 10 ou 30 minutos. Não importa, mas quando estou num jogo, minha mente fica meio embriagada.

De repente ouço passos no corredor e os dois conversando, quando a porta abre e eu abaixo o rosto novamente.

Os dois entram e vejo só o caminhar deles dentro do quarto. Meu Senhor vai até o canto e pega um banco alto, e traz para o meio do quarto. Arrasta a poltrona de canto para a frente do banco e diz:

-Venha até aqui Duda…

Eu começo a engatinhar até a sua frente e paro. Ele estende a mão e eu levanto, me apoiando nele, mas continuo olhando para o chão. Vejo ele desabotoando os punhos da blusa e as enrolando até o meio do braço, tira a gravata e fala:

-Mãos juntas na frente.

Faço o que ele pede e ele prende minhas mãos com sua gravata, olho para frente e vejo o gigante tirar o paletó e abrir a camisa nos observando, retirando em seguida. Ele fica atrás de meu Senhor me observando.

Que peitoral é aquele? E que cara de mau…

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