Meu Senhor romance Capítulo 35

Eduarda Amorim

Chegamos no clube, e ele me ajuda a sair do carro, enquanto Beto pega a bolsa e entrega a um dos seguranças. Ele me dá a mão, e começamos a nos dirigir para a entrada.

Realmente, eu não tenho contato com ninguém. Ninguém me olha, como se todos soubessem que é proibido. Passamos por uma catraca, e entramos dentro do clube com os dois armários nos escoltando.

O tempo todo ele segura em minha mão, me direcionando para aonde quer ir. De vez em quando vejo ele mexer com a cabeça comprimentando alguém, mais não para, para falar com ninguém.

Continuamos andando e eu sempre olhando para o chão, nunca levantando o olhar, até que chegamos no café.

Ele fala com o garçom e o mesmo nos direciona, para uma mesa numa varanda.

-Pode levantar o olhar bonequinha.

Faço o que ele diz, e dou de cara com Sabrina. Abro a boca, fecho, abro de novo.

Como assim? O que ela faz aqui?

Ela sorri pra mim e olha para ele... Ele confirma com a cabeça sorrindo. E ela vem em minha direção e me abraça.

-Mais como? O que faz aqui?

Murmuro em seu ouvido.

-Estou com o Paulo. Tenho muita coisa para te contar...

Eu olho para ele através dos ombros dela, fazendo a pergunta em silêncio e ele diz:

-Ela pediu ao Paulo pra não contar, então...

-Estava com saudades Sá!

-Eu também querida!

-Venha, quero te apresentar Camilinha. Espero que vcs três sejam amigas...

Ele diz  sorrindo...

Camila e uma menina franzina, com cara de anjo. Pareceria um anjo de verdade, se tivesse com uma maquiagem menos carregada. Eu posso entender pq, seu dono ama maquiagem, como pude perceber naquele dia.

Como ela consegue aguentar o cavalo do Bernardo?!?? Senhor!

Ela tem cabelos num loiro bem chamativo e olhos azuis. Tão pequena, e frágil... Difícil encaixar ela na Camila que eu criei na minha cabeça.

-Oi Duda, prazer... Posso te chamar assim né?

-Claro.

Ela me abraça com carinho.

-Agora esses manés, vc já conhece.

-Oi Duda, como está? O doutor está judiando muito de você?

Diz Paulo sorrindo, e levando um safanão do Arthur na nuca.

-Ai, porra doeu...

-Ô donzelas, vamos jogar pq esse doutor, já atrasou tudo.

Diz Bernardo para o Arthur. E ele revira os olhos.

-Eu vou tomar café primeiro. A quadra está reservada para o resto de manhã, para de ser ansioso.

-Bom dia Duda! Seja bem vinda!

-Ele sorri pra mim, e eu mexo a cabeça o cumprimentando.

Vejo mais dois seguranças rondando a mesa, além de Ítalo. Provavelmente segurança das meninas. Açucena não brincou, quando disse que ninguém chegaria perto.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Senhor