Meu Senhor romance Capítulo 56

Eduarda Amorim

Estamos recebendo os convidados. Eu estou ao lado dele, um passo atrás e de cabeça baixa.

Achei que fosse descer só na hora da apresentação de abertura,mais ele fez questão que eu participasse da recepção das pessoas.

Ele não me apresentava a todos, apenas algumas pessoas. Só as que ele queria que eu tivesse contato.

Escuto a voz de Paulo.

- Boa noite adorável Duda, está linda!

- Obrigada mestre Paulo.

Sabrina me abraça e diz em meu ouvido.

- Está maravilhosa! Vai arrasar hoje!

- Obrigada amiga.

Ela está com um vestido curto de couro e os cabelos presos num rabo de cavalo, bem ao estilo dela. Paulo não era exigente com as roupas dela, deixava ela seguir seu próprio estilo. Diferente de mim e Camila.

Como disse , dominadores e suas particularidades. Cada um tem uma forma de agir.

-Ele te disse como vai ser?

-Não, estou no escuro...

Ela ri e se afasta.

Eles entram na festa e nós continuamos parados na porta. Ele segura minha mãos e diz no meu ouvido.

-Ainda ansiosa?

-Agora estou mais relaxada... Foi bom ter vindo com o Senhor recepcionar os convidados, me deixou mais calma.

-Que bom Duda, pq eu odeio te ver nervosa!

Ele faz uma careta e arruma o corpo novamente.

Ele ouviu a minha conversa com Açucena. Eu já desconfiava, já que ele pediu para eu por o robe preto, para não revelar o figurino da apresentação. Não estava nos planos dele me trazer cedo para o salão, mais como eu estava muito nervosa, ele achou que se eu estivesse com ele relaxaria.

Como Açucena disse. Ele sempre pensa em tudo.

Ajudou bastante... Assim não crio espectativas sozinha no quarto.

Bernardo chega com Camilinha. Ela está linda com um cropped preto e uma minissaia xadrez. Botas altas até o joelho e o cabelo também preso num rabo de cavalo.

Não falei da roupa dps meninos. Desta vez estão de terno escuro e camisa branca e sem gravata.

Lindos, cheirosos, altos e musculosos! Senhor!

-Boa noite doutor, boa noite baby. Tudo bem?

Ele beija meu rosto e sorri. Não há formalidade entre eles. Arthur já escrachou esse lance de eu ter que pedir permissão para falar com os quatro. Eles se adaptaram tão bem a mim, me acolherão com tanto carinho, que fica até fora do padrão ser formal com eles.

Camilinha me dá um abraço e murmura...

-Curiosa para ver o que tem aí embaixo..

Eu rio. É o par perfeito do Bernardo. Quando não é ele que solta uma piadinha, é ela...

-Paulo já chegou Doutor?

-Sim... Está por aí... Italo falta quantas pessoas da lista pra chegar?

-Apenas quatro Senhor...

-Eles confirmaram?

-Sim...

-Ok... Vai lá Bernardo, leve Duda com você, ainda vou ter que esperar esses quatro retardatários.

Eu olho para ele e ele diz segurando meu rosto.

-Comporte-se, converse um pouco com as meninas... Já estou indo te encontrar.

-Sim, meu senhor!

Ele me dá um selinho e Bernardo estende o braço para mim, piscando o olho!

Eu sorrio e o acompanho...

- Posso saber porque a senhorita está de robe com essa maquiagem lindíssima?

Ele diz pra mim...

- É pra não estragar a surpresa do figurino.

Ele pega o champanhe de minha mão e entrega ao garçom pedindo para ele jogar fora.

-Estava bebendo Duda?

Arthur chega já me perguntando.

-Foi ideia minha Arthur, achei que ela ia ficar mais relaxada com uma taça de champanhe. Mais ela nem tocou na taça, mesmo eu garantindo a ela que você não ia se importar.

-O que te deu para oferecer champanhe a ela Bernardo?

Ele diz pra ele. Graças a Deus que os olhos frios direcionados a mim, foram para ele. Senhor, eu tremi na base agora...

-Ahhh qual é? Era apenas uma taça. Ela está nervosa...

-Tinha que ter me perguntado antes. Afinal ela é minha. Você não ia gostar de eu oferecer uma taça de champanhe a Camila.

Ele revira os olhos...

-Você já ofereceu coisa pior pra Camila e eu nem esquentei...

Paulo solta uma gargalhada alta... As meninas tampam o rosto para não rirem juntos.

Eu nunca sei quando eles estão brigando de verdade. Então, por um momento, eu fiquei tensa... Bem tensa...

Mais depois vi, que era coisa de irmão...

-Vocês são muito idiotas! Pqp!

Paulo fala rindo mais um pouco...

Ele me agarra pela cintura e fala no meu ouvido.

-Quer tomar o champanhe?

-Não meu senhor! Eu nem gosto de champanhe. Só aceitei porque ele insistiu!

-Ok! Vamos para o canto do salão, a apresentação começará.

Na mesma hora sinto um frio na barriga.

É agora Senhor! Parece que estou indo soltar de paraquedas de um avião.

Seja o que Deus quiser!