Por causa da posição de esposa de Kléber, inevitavelmente havia pessoas no grupo que a questionavam.
Ela não podia viver a vida inteira sob o olhar dos outros.
Assim como Kléber dissera, fugir não resolveria o problema.
– Ignácio... – ela endireitou-se lentamente. – Eu não vou decepcionar a liderança do grupo nem a sua confiança. Vou me dedicar ao máximo para cumprir bem o trabalho do naipe de violinos.
– É assim que se faz! – Ignácio sorriu e lhe deu um tapinha no ombro. – Inês, força, acredito no seu potencial.
– Obrigada! – Inês também sorriu. – Então... vou ao departamento de pessoal para tratar dos trâmites.
– Pode ir! – Ignácio acenou levemente, vendo-a caminhar até a porta, e a chamou novamente: – Esses dias, vamos abrir uma vaga para mais um violinista no grupo. Se tiver algum colega ou amigo adequado, pode indicar para participar da seleção.
Inês respondeu afirmativamente e saiu da sala do maestro.
Dirigiu-se ao departamento de pessoal para assinar o aditivo contratual.
Ela arrumou rapidamente seus pertences e mudou-se para o escritório que antes era da Miriam, agora seu, como chefe do naipe de violinos.
A notícia se espalhou rapidamente pelo grupo, e a maioria dos músicos foi cumprimentá-la.
– Inês, parabéns!
Gisele, a violinista que já a ajudara antes, também lhe deu os parabéns com um sorriso.
Naturalmente, não faltaram comentários maldosos.
– Nós aqui ralando dois, três anos, e não chegamos onde ela chegou em um mês...
– Pois é, no fim das contas, casar bem vale mais do que trabalhar bem!
– Mal chegou e já tirou a Miriam do lugar, melhor não mexer com ela!
...
Gisele não conseguiu suportar e quis defendê-la, mas Inês a conteve.
– Não me importo com o que pensam.
Caminhando até o grupo, Inês olhou ao redor.
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