Kléber levantou o pulso para olhar as horas e, de relance, olhou para Lúcia.
A garota franzia a testa, com os olhos suplicantes fixos nele.
Aquela expressão tinha algo de semelhante com Inês.
O coração de Kléber amoleceu e, no fim das contas, ele acabou cedendo.
— Vamos!
Um brilho de alegria passou pelos olhos de Lúcia, mas ela manteve uma expressão de desculpas no rosto.
— Me desculpe mesmo, hoje acabei te dando tanto trabalho.
— Não foi nada — Kléber deu de ombros, com um tom indiferente. — Seu irmão é meu grande amigo, cuidar da irmã dele é o mínimo que posso fazer.
Ao ouvir as palavras "cuidar da irmã", uma sombra de melancolia passou pelo olhar de Lúcia.
Vendo que ela permanecia parada, Kléber interrompeu o passo.
— Vamos?
— Ah... já vou!
Lúcia forçou um sorriso e o acompanhou.
Os dois saíram do pronto-socorro um atrás do outro. Ao chegar nos degraus, Lúcia parou.
— Posso me apoiar em você?
Kléber lançou um olhar ao curativo no joelho dela e imediatamente segurou o braço da garota.
Ajudando Lúcia a descer as escadas, Kléber acenou para um táxi e abriu a porta traseira para ela.
Assim que Lúcia entrou no banco de trás, Kléber fechou a porta com cuidado, abriu a porta dianteira e sentou-se ao lado do motorista.
— Mansões do Lago.
Ao chegar à entrada da Vila Sampaio, Kléber ajudou Lúcia a subir os degraus.
Lúcia tirou a chave e abriu a porta, convidando-o calorosamente.
— Você ainda não jantou, não é? Entra, faço algo rápido para você comer.
Kléber permaneceu do lado de fora.
— Não precisa.
Lúcia se apoiou na porta.
— Meu irmão logo estará de volta. Você não disse que tinha um caso para pedir a ajuda dele?
— Falo com ele na empresa depois, não tem pressa. Descanse bem, eu já vou.
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