Ela cortou um pedaço de bolo e, com as duas mãos, levou até ele.
Kléber estendeu a mão, pegou o prato e, com a colher, tirou um pouco do chocolate do topo, levando à boca dela.
Inês não hesitou, abriu a boca e aceitou o chocolate, apoiando a mão no ombro dele.
— Amor, hoje...
— Eu já falei... — Kléber levantou o dedo e limpou o chocolate do canto da boca dela — Não me venha agradecer!
— Quem disse que eu ia te agradecer? — Inês levantou o rosto, olhando para ele com sinceridade — Amor, hoje, vamos ficar aqui, pode ser?
Durante todos esses anos, em cada aniversário, ela sempre comemorava em casa, com a família.
Desta vez, ela não queria que fosse diferente.
— Hoje é seu aniversário, você manda — Kléber sorriu — O que você decidir, está decidido!
Ela lhe deu um beijo no rosto, pegou a garrafa de vinho e encheu as taças novamente.
— Vamos brindar de novo!
— Se beber mais, você vai acabar ficando bêbada.
— Se eu ficar, problema meu!
Pegando a taça, ela levou aos lábios mais uma vez, bebendo em grandes goles.
Hoje, ela queria mesmo se embriagar.
— Inês! — Kléber segurou a mão dela, preocupado — Beba devagar, senão seu estômago vai te incomodar!
Segurando a taça, Inês desviou o olhar, encarando o rosto dele.
— Amor, por que você é tão bom para mim?
— Você é minha esposa, se eu não cuidar de você, vou cuidar de quem?
— Mas... — Inês franziu a testa — Nós nem nos casamos por amor...
— Quem disse que precisa namorar antes de casar? — Kléber sorriu — Podemos muito bem casar primeiro e namorar depois.
Inês ficou surpresa e logo caiu na risada.
— Que bobagem, quem é que namora depois de casar?
Percebendo que ela já estava um pouco embriagada, Kléber pegou a taça dela.
— Pronto, chega de beber.
— Só mais um gole? — Inês puxou a gola da camisa dele, manhosa — Só um pouquinho, pode ser?
— Por que você quer tanto beber?
Inês balançou a cabeça, suavemente.
— Não quero.
— Por quê?
— Eu não quero mais namorar... terminar é doloroso demais.
Inês já estava mesmo embriagada, sem perceber, deixou escapar seu verdadeiro sentimento.
Kléber sentiu um aperto no coração, mas não insistiu. Em vez disso, perguntou com doçura:
— Então, o que fazemos agora?
Inês levantou as mãos, empurrou Kléber para que se sentasse na cama, e então subiu em seu colo, segurando os ombros dele com firmeza.
— Agora, eu só quero... te beijar!
Passando os braços em volta do pescoço dele, ela se inclinou e tomou a iniciativa de beijá-lo.
Naquela noite, Inês estava especialmente ousada e apaixonada.
Como o sabor de chocolate e vinho em sua boca, era doce, tentador e com um toque selvagem e quente.
Kléber não conseguiu resistir; segurou firme a cintura dela e a deitou suavemente na cama.
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