— Aproveitem bem o momento a dois, não vamos atrapalhar.
Ao ver que Bruno ainda estava parado ao lado, Camila deu um tapa nas costas dele.
— E você... Aqui é ruim de chamar táxi, me leva até em casa!
Bruno continuou parado.
— Eu ainda tenho...
— Tem o quê? O que pode ser mais importante do que escoltar esta beldade até em casa? — Camila lançou um olhar ameaçador e agarrou o braço dele. — Chega de papo, anda logo!
Bruno ainda hesitava, então Kléber levantou o queixo.
— Deixa o resto para amanhã, leva a Camila pra casa.
— Está bem.
Bruno assentiu com a cabeça e seguiu Camila em direção à saída.
Conduzindo Lúcia para fora do camarim, Camila parou no corredor.
— Gente ocupada como você, Srta. Sampaio, não vou tomar mais seu tempo. Mas...
Ela franziu a testa, olhando Lúcia de cima a baixo, com o tom já frio.
— A Inês é boazinha, mas eu não sou. Se alguém ousar fazer mal à minha amiga, eu sou a primeira a não aceitar, entendeu o recado, Sampaio?
Vendo que ela estava atacando Lúcia, Bruno apressou-se em segurar o braço de Camila.
— O que você está fazendo? Ela é amiga do Sr. Quadros!
— Justamente por ser amiga do Kléber que estou avisando. — Camila soltou o braço de Bruno de uma vez e voltou-se para Lúcia. — Amiga tem que saber o seu lugar. O Kléber é casado, entende o que é homem comprometido...
Lúcia baixou os olhos.
— Você está enganada, eu com o Kléber só...
Mas Camila não se deixou convencer.
— Chega, não venha bancar a falsa santa pra cima de mim. Lúcia, estou te avisando: se você ousar destruir a felicidade da Inês, eu...
Vendo que Camila já estava passando dos limites, Bruno agarrou o braço dela e a arrastou para fora da sala de concertos.
— O irmão da Sampaio e o Sr. Quadros são amigos de vida ou morte, a Sampaio é quase uma irmã pro Sr. Quadros. Que bobagem é essa que você está falando?
— Bobagem? — Camila olhou para ele, incrédula. — E você ainda é assistente dele, não percebe nada? Irmã, irmão... Essa desculpa é velha. Ela não tem boas intenções com o Kléber!
Bruno largou o braço dela.
— Eu acho que você é que está exagerando!
— Exagerando? — Camila fez careta. — Você é mesmo um bobalhão!
Bruno ficou irritado.
— Ah, então você é gay! — Camila fez cara de quem entendeu tudo. — Pelo seu jeito, aposto que ainda é o passivo!
O rosto de Bruno ficou vermelho.
— Eu não sou o passivo.
— Se gosta de ser o ativo, pode falar, não precisa gritar.
— Você...
Bruno abriu a boca, mas não conseguiu dizer mais nada.
Camila sorriu satisfeita e ajeitou o banco para uma posição confortável.
— Você o quê? Dirige logo.
Discutir com ela?
Em mais de vinte anos de vida, Camila nunca perdeu uma discussão.
Bruno: ...
É o fim da picada!
Como pode existir uma mulher tão impossível nesse mundo?
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