Entrar Via

Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 181

O beijo do homem veio de surpresa, sem que Inês tivesse tempo de se esquivar.

Quando ela percebeu o que estava acontecendo, os lábios e a língua dele já haviam invadido os seus, sem cerimônia.

Inês, docilmente, fechou os olhos e se deixou levar, permitindo que ele a tomasse para si.

Aquele beijo trazia consigo o doce do chocolate, além de um leve aroma de espumante.

Todos os sentidos do seu corpo pareciam convergir para o entrelaçar dos lábios e dentes.

Cada mínimo toque do homem bastava para estremecer as cordas do seu coração.

Todos os sons ao redor se dissiparam, e Inês apenas ouvia, dentro dos próprios ouvidos, o pulsar do sangue batendo no tímpano, junto à respiração ofegante, sem saber se era a dela ou a dele.

Inicialmente, Kléber só pretendia um beijo breve.

Mas, ao começar, o instinto pediu mais.

Com uma das mãos firmemente em sua cintura, ele deslizou a palma, já acostumada, por baixo do suéter dela.

Percorreu suas costelas, subindo pelas curvas já conhecidas.

Beijada e provocada por ele...

Inês sentiu as pernas fraquejarem, quase incapaz de se manter de pé. Segurou o braço dele, apertando os dedos instintivamente.

Ao sentir a dor no braço, Kléber foi trazido de volta à realidade.

Soltou-a e inspirou fundo, sentindo o frio no peito.

Inês percebeu algo estranho e, ofegante, ergueu o rosto para ele.

— O que houve com você?

— Não é nada — Kléber retirou o braço da mão dela, desviando o olhar — Está tarde, vá descansar.

Inês ficou atônita por dois segundos, só então entendendo o que ele quis dizer.

Mordeu os lábios inchados pelo beijo e deu um passo para trás.

— Boa noite.

Sussurrou rouca, virou-se e subiu as escadas, entrando no próprio quarto.

Abriu a porta do banheiro e, diante da penteadeira, preparou-se para tirar a maquiagem.

Ao lembrar do beijo quase incontrolável de instantes atrás, Inês fechou a mão, sem perceber.

Será que ele já estava enjoado dela?

Talvez nem vontade de tocá-la ele tivesse mais.

Dessa vez, viu tudo claramente.

A gaze estava encharcada de sangue.

— O que aconteceu?

Ciente de que não adiantava esconder, Kléber apenas esboçou um sorriso despreocupado.

— Não é nada, só um arranhão.

— Deixe-me ver — Inês segurou a bandagem.

— Não precisa, meu bem...

Kléber tentou impedi-la, mas ela afastou a mão dele com um tapa.

Com cuidado, desfez a atadura e, ao ver os pontos escuros e o sangue que ainda escorria do corte no braço dele, Inês franziu a testa, tomada de preocupação.

— E você diz que não é nada? — lançou-lhe um olhar irritado e, pegando a camisa de Kléber, colocou-a sobre os ombros dele — Vamos, vou te levar ao hospital!

— Meu bem, não exagere... — Kléber segurou o braço dela — Já está bem melhor, não precisa ir ao hospital. Só preciso que você faça a desinfecção e o curativo.

— Mas está sério assim, e se infeccionar, ou...

— Não esqueça que nós dois bebemos, não podemos dirigir. E, a essa hora, onde vamos achar um táxi? — Kléber sorriu, tentando tranquilizá-la — De verdade, está tudo bem. Só pegue um pouco de gaze e faça um curativo para mim.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Único Amor Sempre Foi Você