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Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 183

Virando-se com a caixa de remédios nas mãos, Inês falou, hesitante.

— Você... você foi até o fornecedor?

Kléber aproximou-se e parou diante dela.

— Aquele lugar fica no interior. Quando o sujeito soube que estávamos procurando por ele, achou que era a polícia, ficou tão assustado que pulou a janela e saiu correndo. Saí atrás dele às pressas, mas logo atrás da casa tinha um barranco baixo. Acabei caindo e bati o braço num galho.

Kléber abaixou o rosto, demonstrando autocrítica, e falou num tom de desculpa.

— Me desculpe, Inês, a culpa foi toda minha, fui precipitado demais. Se eu tivesse pedido para o Bruno levar mais gente, ele não teria conseguido escapar.

O olhar de Inês percorreu a faixa no braço dele e pousou no rosto de Kléber.

Então, ela o tinha julgado mal?

— Mas, amor, também não precisa ficar tão preocupada assim!

Kléber pousou as mãos nos ombros de Inês, tentando tranquilizá-la, e lhe sorriu.

— Esses dias todos, fiquei investigando esse assunto. Já descobri tudo sobre aquele fornecedor. Ele tem um filho que estuda numa escola primária aqui na cidade, e a esposa dele mora no centro. Já pedi pro Bruno ir na segunda-feira cedo, com mais gente, esperar na escola. Com certeza vamos encontrar a esposa dele. A partir daí, vamos conseguir chegar até o fornecedor.

— Então... — O coração de Inês acelerou sem que ela percebesse. — Esses dias, você não veio me procurar por causa disso?

— Não queria te preocupar, nem atrapalhar sua preparação para a competição — Kléber levantou a mão, afagou os cabelos dela e piscou. — Mas... não pense que eu não estive por aqui!

Inês ficou surpresa.

— Você esteve?

— Claro que sim! Se não... — Kléber apertou de leve a ponta do nariz dela. — Como é que eu ia saber qual é a sua música para o concurso?

— Mas... — Inês estava confusa. — Eu não te vi nenhuma vez!

— Você estava tão concentrada praticando, que achei melhor não te atrapalhar — Kléber semicerrava os olhos, com uma expressão encantada. — Eu adorei a sua versão de "Gaivota", ficou realmente... linda e emocionante!

Agora fazia sentido; era por isso que ele sabia qual era a música da apresentação, e que ela tinha mudado o tom da canção.

Dobrou outro dedo.

— Outros dormem juntos. Nós também! Em todos os sentidos, seja no papel ou na prática, temos tudo que um casal tem. A única diferença é que não fizemos uma festa de casamento. Fora isso, há alguma diferença?

— Eu... eu quis dizer...

Inês abaixou o olhar, hesitou por um momento, mas finalmente criou coragem para encará-lo de novo.

— Você... gosta mesmo de mim?

Com os lábios comprimidos, ela apertou involuntariamente a alça da caixa de remédios.

Era uma dúvida que pesava em seu coração há muito tempo.

Inês não queria mais guardar aquele sentimento para si; ela queria ouvir a resposta de Kléber, uma resposta clara, sem precisar adivinhar.

Kléber percebeu o nervosismo dela, e o brilho de incerteza em seus olhos.

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