Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 26

Inês fitou a paisagem do lado de fora da janela, sem compreender muito bem o que ele queria dizer.

— O quê?

Kléber apoiou a mão esquerda no vidro ao lado dela, enquanto o queixo repousava em seu ombro.

A mão direita estendeu-se, segurou o rosto dela, girando-o levemente em outra direção.

Dessa vez, Inês viu.

Na diagonal, a dois quarteirões de distância.

Havia um edifício de arquitetura belíssima, projetado pessoalmente por seu irmão Wagner, que era arquiteto, sede do Grupo Sereno — antes pertencente à Família Barbosa, a Torre do Sereno.

A mão direita de Kléber deslizou para baixo, envolvendo a cintura dela.

— Quando nosso plano der certo, vou expulsar o Afonso daquele prédio!

Inês virou-se, erguendo os olhos para encontrar o olhar dele.

— Obrigada.

Kléber dobrou o braço, inclinando a cabeça até aproximar o rosto do dela.

Tão próximo, mas sem tocá-la.

Os olhares se cruzaram, as respirações entrelaçadas.

O coração de Inês acelerou, os lábios e a língua secaram involuntariamente.

Sem coragem de encará-lo, ela abaixou os cílios, o corpo inteiro tenso, sem saber para onde dirigir o olhar nervoso.

— Feche os olhos.

Ele sussurrou, e ela obedeceu.

Um frescor nos lábios, ele a beijou.

Sem enxergar nada, seus nervos ficaram ainda mais sensíveis, o corpo tão rígido quanto uma escultura.

Diferente daquela noite, dessa vez Kléber mostrou-se paciente, até mesmo gentil.

Os nervos tensos de Inês foram relaxando aos poucos, ela foi se entregando devagar.

No passado, quando namorava com Afonso, sempre havia certa resistência da parte dela quanto à intimidade.

Não era que Inês não quisesse, mas realmente não conseguia.

Experiências desagradáveis na juventude a faziam ter certa aversão a relações entre homem e mulher.

Era a primeira vez que Inês realmente sentia o prazer de ser adulta.

Aquele beijo não era nada desagradável.

Só quando Kléber a soltou, a mão dela ainda estava apoiada no ombro dele.

Com a mão grande firmando sua cintura, Kléber murmurou:

— Pelo visto, a Sra. Quadros ficou satisfeita com este beijo.

O rosto de Inês ardeu.

Rapidamente ela retirou a mão, tentando empurrá-lo.

Kléber não a soltou, enfiou o rosto no pescoço dela.

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