Essa frase soou um pouco familiar para Inês.
— Acho que... também já ouvi alguém dizer isso em algum lugar, só não consigo me lembrar.
— É mesmo? — Kléber piscou para ela. — Então vamos jantar primeiro, quando tiver tempo, você lembra com calma.
Depois do jantar.
Os dois arrumaram juntos os pratos e os utensílios da mesa e da cozinha. Kléber a puxou para sentar-se com ele no sofá.
Percebendo o copo de chocolate quente que ela não tinha terminado na mesa, Kléber levantou-se para pegá-lo.
— Deixa que eu faço outro pra você.
— Não precisa, é só esquentar um pouco.
— Eu insisto, espere só um instante.
Sorrindo para ela, Kléber levou o copo para a cozinha.
Ao chegar à porta da cozinha, ele parou novamente.
— Ah, meu bem... Sobe lá e dá uma olhada, acho que esqueci uma janela aberta de manhã, quando ventilei a casa.
— Tudo bem.
Inês subiu e conferiu todos os cômodos, o quarto e o escritório, mas não encontrou nenhuma janela aberta.
Descendo novamente, ela foi até a porta da cozinha.
— Eu já olhei, todas as janelas estão bem fechadas.
Vendo Kléber ainda ocupado no fogão, ela inclinou a cabeça curiosa e tentou espiar o que ele fazia.
— O que você está preparando aí? Está demorando tanto assim?
Kléber acenou com a mão. — Espera lá no sofá por mim, já estou terminando.
Inês voltou e sentou-se no sofá. Alguns instantes depois, Kléber saiu da cozinha segurando o copo.
Quando chegou à sua frente, ele se curvou e entregou o copo para ela.
Inês pegou o copo e logo reparou que, sobre o chocolate quente, o leite branco formava uma linda rosa desenhada.
— Que lindo! — Inês exclamou surpresa. — Você sabe fazer latte art?
Kléber segurou com cuidado a mão esquerda dela e, solenemente, colocou novamente o anel em seu dedo, levando a mão dela até os lábios e depositando um beijo suave.
— Obrigado, Inês. Obrigado por me dar mais uma chance. Desta vez... eu não vou te decepcionar, eu prometo!
Inês o olhou e assentiu levemente.
Kléber sentou-se ao lado dela, passando o braço ao redor de seus ombros.
— Agora... pode tomar sua rosa.
Sorrindo para ele, Inês levou o copo à boca.
Olhando para a rosa no chocolate, sentiu pena de desfazê-la.
— Por que não bebe?
— Está tão bonita, tenho dó de estragar.
— Sua bobinha! — Kléber sorriu, afagando o topo da cabeça dela. — Da próxima vez... faço uma ainda mais bonita para você.
Inês também sorriu. Segurando o copo com as duas mãos, começou a beber, devagar e com toda a atenção.

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