Antônio e seu filho Sérgio, que estavam diante de Bruno, viraram o rosto ao mesmo tempo.
Ao ver Inês vestindo o avental hospitalar, com os cabelos desalinhados e segurando um frasco de remédios nas mãos, os dois homens ficaram surpresos.
— Senhora? — Bruno também demonstrou um espanto visível. — A senhora... a senhora saiu sem nem calçar os sapatos?
Sem responder, Inês lançou um olhar ao redor.
Ao perceber a UTI logo adiante, ela apressou o passo até lá.
Parou junto à janela, encostando o rosto no vidro.
Através das frestas da persiana, finalmente conseguiu vê-lo novamente.
Kléber estava deitado na cama do hospital, com a cabeça envolta em faixas e o rosto muito pálido.
No entanto, todos os sinais vitais ainda estavam sendo monitorados pelo aparelho ao lado.
Ele ainda estava vivo!
Ele realmente ainda estava vivo!
Inês encostou a testa no vidro, fechando os olhos com uma dor intensa no peito.
Precisou respirar fundo várias vezes antes de conseguir controlar as emoções.
Virou-se e voltou para perto de Bruno.
— Como está o Kléber...?
— Você ainda tem coragem de perguntar? — Antes que Bruno respondesse, Sérgio já dera um passo à frente, segurando o braço dela. — Meu irmão está assim por sua culpa!
— Sr. Quadros! — Bruno se apressou, pegando o braço de Sérgio. — Por favor, acalme-se, isso não foi culpa da senhora.
— Como assim não foi culpa dela? — Sérgio afastou a mão de Bruno com um gesto brusco e lançou um olhar frio para Inês. — Se o Kléber não estivesse envolvido com ela, nada disso teria acontecido!
— Você... — Inês demorou a entender. — O que está querendo dizer?
— Quer saber o que quero dizer? — Sérgio soltou um riso seco. — Você achou mesmo que foi só um acidente comum? A polícia já investigou, há muitas suspeitas sobre esse acidente, há grandes chances de ter sido intencional.
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