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Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 306

– Está bem. – Camila assentiu levemente. – Amanhã eu vou com você.

Na manhã seguinte, as duas acordaram cedo.

Camila dirigiu e levou Inês até a ala de ginecologia e obstetrícia do Hospital Municipal.

Havia muitas pessoas na ala, a maioria casais que vinham juntos para os exames.

Diferente do que Inês imaginava, o procedimento de aborto não podia ser feito na hora.

Antes do aborto, eram necessários diversos exames e testes.

Coleta de sangue, análises laboratoriais, ultrassom...

Comparado ao pré-natal habitual, não faltava nenhum procedimento.

Só perto do meio-dia Inês terminou todos os exames e voltou ao consultório.

A médica analisou cuidadosamente os resultados, ajustou os óculos e baixou a máscara do rosto.

– Sua responsável já chegou?

– Eu sou a responsável dela. – respondeu Camila.

– Vocês são boas amigas, certo? – explicou a médica, séria. – O que eu quis dizer é parente de primeiro grau. Amiga não se enquadra nessa categoria.

– Eu mesma não posso assinar? – perguntou Inês.

– O procedimento de aborto com anestesia ainda é uma cirurgia. – a médica balançou a cabeça, sorrindo. – É uma norma do hospital, também é uma forma de zelar pela sua segurança e vida.

Inês insistiu, contrariada:

– Então... não há outra maneira?

– Só se vocês optarem pelo procedimento tradicional, que é mais doloroso.

– De jeito nenhum! – Camila segurou o braço de Inês imediatamente e a levou para fora do consultório. – Ligue para o Kléber, peça para ele vir aqui assinar.

Raimundo ainda estava no centro de reabilitação, Wagner Barbosa estava na prisão. No momento, Kléber era o único parente direto de Inês.

Inês abaixou o olhar.

– Eu não quero incomodá-lo.

– Incomodar? Ele aproveitou na hora, e agora você não vai deixá-lo assumir a responsabilidade? Já é lucro pra ele, custa assinar um papel? – Camila tirou o celular da bolsa. – Se você não quiser ligar, eu ligo.

– Camila! – Inês apressou-se em impedi-la. – Daqui uns dias, quando ele voltar para o Brasil, a gente resolve isso junto com o divórcio.

Sabendo que Kléber ainda estava no hospital e que não voltaria tão cedo, Camila não teve alternativa a não ser guardar o celular de volta na bolsa.

As duas saíram juntas do hospital, e Camila ainda fez questão de alertar Inês:

– Tô avisando, Inês, nem pense em fazer aquele procedimento tradicional sozinha, senão... eu nunca vou te perdoar.

Enquanto o táxi seguia, ela pegou o celular e procurou o contato de Kléber.

Pensou um pouco e rolou até o número de Bruno.

Os dedos pairaram sobre a tecla de chamada por alguns segundos, mas acabou desistindo.

Afinal, com que direito ela ainda poderia perguntar sobre Kléber?

Apertando os lábios, ela guardou o celular de volta na bolsa.

O táxi entrou no condomínio Mansões do Lago e parou em frente à Vila Barbosa.

Inês pegou do fundo da bolsa o chaveiro com o coelhinho.

Sem querer, lembrou-se da cena em que Kléber lhe devolveu as chaves.

Quem diria que tão rápido ela teria que devolvê-las?

Balançando a cabeça para afastar os pensamentos, Inês encaixou a chave e abriu a porta da sala, entrando na casa.

Subiu as escadas até a suíte principal.

Ao empurrar a porta, imediatamente viu uma figura sentada na beira da cama—

Kléber!

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