Ao se lembrar do jeito apressado de Inês há pouco, Lúcia suspirou profundamente.
De quem poderia ser a culpa? Ela já tinha feito tantas coisas que feriram Inês e Kléber; como poderiam confiar nela agora?
Guardando o exame no fundo da mochila, Lúcia saiu cabisbaixa pela porta principal do hospital.
Ela chamou um táxi e seguiu para o escritório de advocacia de Eliseu.
Camila, que estava prestes a sair com a bolsa na mão, parou ao ver Lúcia sair do elevador, franzindo a testa.
— Agora você está feliz?
Lúcia se surpreendeu.
— Você... O que quer dizer com isso?
— O que eu quero dizer? — Camila resmungou. — Você acha que eu e a Inês somos ingênuas? Se não fosse por você, por que o Kléber teria se separado da Inês? Por que você não faz qualquer outra coisa, tinha que ser amante e acabar com o relacionamento deles? Isso te dá prazer?
— Eu... — Lúcia abaixou a cabeça, envergonhada. — Eu sei, foi tudo culpa minha, eu sinto muito.
— Vai continuar fingindo ser uma falsa santa? — Camila se irritou ainda mais. — Como você consegue ser tão cara de pau? Você tem noção do que está fazendo? Por sua causa, uma vida vai desaparecer desse mundo. Você é uma assassina!
Lúcia ficou completamente confusa.
— Assassina? Eu... Eu nunca matei ninguém.
— Você não matou, mas aquela criança morreu por sua causa! — Camila agarrou o colarinho de Lúcia, furiosa. — Se não fosse você ter provocado a separação do Kléber e da Inês, ela teria feito aborto? Escuta aqui, Lúcia, não é porque você é irmã do Sampaio que eu vou ter medo de você. Se algo acontecer com a Inês por causa disso, eu não vou perdoar nem você nem o Kléber!
Empurrando Lúcia com força, Camila entrou no elevador resmungando.
Aborto?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Único Amor Sempre Foi Você