Vendo Afonso mirar a arma em Kléber novamente, Inês, com toda a sua força, se soltou dele e usou seu próprio corpo para desviar o braço de Afonso.
A bala disparada passou raspando pelo cabelo de Kléber e atingiu a parede oposta.
Com o impacto, ela também caiu no chão de cimento cheio de entulho.
Kléber não fugiu. Em vez disso, levantou-se e correu, e antes que Afonso pudesse mirar nele novamente, ele agarrou o braço de Afonso e o derrubou no chão.
Segurando firmemente o pulso de Afonso com as duas mãos, Kléber bateu-o com força no chão.
Afonso, sentindo dor na mão, soltou o dedo instintivamente.
*Clang*
A arma caiu e deslizou por dois ou três metros, parando em um canto da sala.
Agarrando firmemente os braços de Afonso, Kléber, preocupado, virou-se na direção de Inês.
— Inês?!
Inês se levantou do chão. Com a boca ainda amordaçada, ela não conseguia falar, mas balançou a cabeça vigorosamente para indicar que estava bem.
Aproveitando a distração de Kléber, Afonso desferiu um soco no rosto dele.
Kléber se esquivou, mas ainda foi atingido de lado.
Após o golpe, Afonso tentou socá-lo novamente.
Desta vez, Kléber não lhe deu outra chance.
Esquivando-se do soco de Afonso, ele pressionou o ombro de Afonso com uma mão e, com a outra, desferiu vários socos na cabeça dele sem piedade.
Sangue escorreu do nariz e do canto do olho de Afonso, e ele viu estrelas.
Puxando-o do chão, Kléber o arremessou com força.
Afonso foi jogado contra um parapeito e caiu perto da parede.
Virando-se, Kléber correu até a parede e pegou a arma que ele havia deixado cair.
— Eu te avisei, não se mexa!
Apontando a arma para Afonso, ele correu até Inês, ajudou-a a se sentar, tirou o pano de sua boca e rasgou a fita adesiva de seus pulsos.
Notando que a corrente ainda estava presa no pé de Inês, Kléber a agarrou e puxou com força duas vezes, mas não conseguiu soltá-la.
Vendo o cadeado na corrente, ele, segurando a arma, arrastou sua perna ferida até Afonso.

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