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Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 53

Cláudia ainda quis dizer algo, mas Afonso estendeu a mão e segurou seu braço.

– Mãe, deixa pra lá. Clarinda, vamos escolher outro restaurante, pode ser?

Clarinda, lançando um olhar de desprezo para Inês e Camila, segurou o braço de Afonso com preocupação, e os quatro saíram juntos.

Camila acompanhou Inês ao banheiro, ajudando-a cuidadosamente a retirar os cacos de vidro do cabelo. As lágrimas caíram do seu rosto, tamanha a compaixão que sentiu pela amiga.

– Por que você pediu desculpas para aquele cretino? Se tiver que ir para a delegacia, que vá! Por que teria medo deles?

– Eu não tenho medo – Inês se abaixou, pegou água com a mão direita e lavou o rosto, removendo o vinho com indiferença –. Não vale a pena arruinar seu futuro por esse tipo de gente! Da próxima vez, não desperdice um vinho tão bom com um canalha desses, senão não pago a conta.

Camila não conteve o riso. Olhou para Inês, e seus olhos se encheram de lágrimas novamente.

– Me desculpe, Inês, a culpa foi minha!

– Não foi sua culpa. O Afonso fez de propósito... Senão, como ele conseguiria conquistar o coração da beldade? – Inês ajeitou o cabelo diante do espelho –. Vamos, vamos escolher outro restaurante e comemorar direito.

No espelho, a jovem ainda tinha manchas de vinho na roupa.

Mas não havia lágrimas em seu rosto, apenas teimosia e força.

Camila presenciou a transformação da amiga; sentiu dor e orgulho ao mesmo tempo.

– É isso aí, quanto mais tentarem nos ferir, mais felizes temos que ser. Não vamos dar esse gosto a eles.

As duas voltaram ao restaurante. Enquanto Inês arrumava as coisas, Camila pagou a conta discretamente.

Ela sabia que Inês estava com dificuldades financeiras e, claro, não a deixaria pagar.

Foram para outro restaurante e pediram novamente comida e vinho.

Inês foi a primeira a erguer a taça.

– Vamos brindar! Pela cirurgia bem-sucedida do meu pai, pelo sucesso da minha apresentação... Saúde!

As duas jovens sorriram e brindaram.

Inês levou a taça aos lábios, tomou um gole e, para sua surpresa, percebeu que não estava tão abalada quanto imaginara.

Kléber tinha razão.

Quanto mais forte ela fosse, menos Afonso conseguiria feri-la.

Ao pensar nele, um sentimento cálido e suave aflorou em seu peito.

Depois de um almoço alegre, as amigas seguiram juntas para o hospital onde Raimundo estava internado.

Inês ficou em silêncio, sem saber como contar para Camila.

– Eu sabia! O melhor jeito de esquecer um amor antigo é começar outro novo – Camila não pretendia deixá-la escapar –. Fala logo, quem é? Eu conheço?

A porta do quarto se abriu e Kléber entrou, carregando uma caixa de papelão.

Ao vê-lo, Camila ficou impressionada.

Quando reconheceu aquele rosto familiar, seu espanto virou susto.

Camila, sempre tão ousada, prendeu a respiração.

– Você... você é... aquele da Família Quadros...

As palavras "demônio" ficaram presas em sua garganta.

Ela se virou rapidamente, protegendo Inês e Raimundo com o corpo.

– O problema é com o Afonso, se quiser se vingar, vá atrás dele! A Inês já terminou com ele, não tem mais nada a ver com isso.

Kléber ignorou o comentário, abriu a caixa e tirou de dentro um pequeno umidificador.

– Amor, onde você quer que eu coloque o umidificador?

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