Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 65

— Amor, sentiu minha falta?

Inês o empurrou levemente.

— Levanta logo.

Kléber abaixou a cabeça e beijou, mordiscando a pele delicada ao lado da orelha dela.

— Se responder à pergunta, eu te solto.

Ela encolheu o pescoço, tentando escapar dos avanços dele.

— Kléber!

Ele não deu atenção, apenas foi, pouco a pouco, ampliando o território de sua "ofensiva".

Os lábios do homem desceram pelo colo dela. Inês encolheu os pés, segurou instintivamente nos ombros dele e, com a voz rouca, falou:

— Senti, senti sim, senti sua falta, tá bom?

Ele havia bebido. Se não abaixasse logo a temperatura, uma febre alta seria um problema.

— Assim que é bom! — Kléber parou com os beijos ousados e deitou-se de lado, ao nível da cabeça dela. — Hoje… vou te deixar em paz!

Envolvendo a cintura dela e fechando os olhos, ele realmente não fez mais nada.

Respirando fundo várias vezes, Inês sentiu aquela inquietação em seu corpo, aos poucos, se acalmar.

Soltou um suspiro leve, afastou a mão dele do seu corpo e sentou-se para arrumar a gola do vestido que ele havia puxado.

Ajudou-o a tirar o paletó, abriu os botões restantes da camisa dele.

Torcendo uma toalha fria, pressionou-a na testa dele. Depois, trocou a água, usando uma toalha morna para limpá-lo, tentando baixar a febre com métodos físicos.

Depois de tanto esforço, ambos estavam suados. Ela verificou a temperatura novamente.

Não tinha baixado, pelo contrário, subiu para 38,5°C.

Vendo que os métodos físicos não funcionavam, Inês trocou rapidamente de roupa e correu até a portaria do condomínio. Foi até a farmácia 24 horas para comprar remédio para febre e gripe.

Deu os remédios a Kléber, insistindo para que ele tomasse quase um copo inteiro de água.

Ela cuidou dele até quase meia-noite. Só então, depois de muito suar, a febre começou a ceder.

Ajudou-o a tirar a camisa molhada de suor e enxugou com cuidado as costas e a testa dele.

Inês olhou para a calça social que ele ainda usava, mas acabou ficando sem jeito de tirá-la.

Apagou a luz principal, cobriu Kléber com o edredom e foi desligar o abajur, mas ficou apreensiva.

Tensa, Inês ficou completamente imóvel, sem ousar se mexer.

— O surto de gripe no Distrito da Baía está forte. Você devia ir ao hospital para fazer um exame.

— Como você sabe que há surto de gripe no Distrito da Baía?

— Está em todo lugar no celular, é só olhar as notícias.

Inês não contou a verdade.

Ela ouvira falar do surto pelas auxiliares no hospital.

Como Kléber estava no Distrito da Baía, ela pesquisou na internet e soube que a gripe estava séria por lá.

De olhos fechados, Kléber afundou o rosto nos cabelos dela, apertando-a ainda mais.

— Foi você quem tirou minha roupa?

— Eu… — Com os corpos colados, Inês sentiu o rosto pegar fogo e respondeu, nervosa, quase gaguejando: — Eu só… vi que você estava suando, fiquei com medo de você pegar friagem, então te ajudei a tirar a roupa.

Kléber riu baixo junto ao pescoço dela.

— Se quiser, é só falar…