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Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 86

Inês, sem alternativa, acabou se sentando para comer com ele.

Assim que Kléber largou os talheres, ela imediatamente arrumou novamente o balde de gelo e o puxou para o quarto principal.

Kléber cooperou, tirando a roupa e deitando de bruços na cama.

Inês embrulhou o gelo em uma toalha e cuidadosamente a colocou sobre o machucado dele.

Comparado ao que ela vira no hospital, o ferimento dele estava ainda mais inchado.

O inchaço avermelhado de antes agora tinha se tornado um roxo escuro, tornando-se ainda mais grave aos olhos dela.

Com uma mão, apoiou suavemente a cintura dele, enquanto com a outra movia cautelosamente a toalha com gelo para outra posição.

Ao tocar o ponto mais dolorido, Kléber contraiu visivelmente a região lombar.

Inês rapidamente retirou o gelo.

— Está doendo?

— Um pouco.

— Quer que... eu pegue um analgésico para você?

— Não precisa! — Kléber controlou a respiração e virou o rosto para ela. — Só me dá um beijo que já passa!

Achando que ele estava só brincando, Inês apenas deu um leve tapinha nas costas dele.

— Fique quieto!

Conforme a orientação médica, ela aplicou o gelo por quinze minutos. Depois, enxugou cuidadosamente as gotas d’água das costas dele com uma toalha e aplicou o spray anti-inflamatório sobre o ferimento.

Guardou a toalha e o balde de gelo e, ao ver Kléber tentando se levantar apoiando-se nos braços, logo correu para segurar o ombro dele.

— O que você pensa que está fazendo? O médico não disse que é melhor repousar na cama?

Ainda havia muito trabalho a ser feito, e ele realmente não tinha tempo para ficar deitado.

— Ficar deitado sozinho é muito entediante. — Kléber virou-se de lado, deu tapinhas no travesseiro e, em tom brincalhão, disse: — Só se... minha esposa ficar aqui comigo!

Inês apertou os lábios e virou de costas.

Kléber riu por dentro, achando que ela ia sair do quarto.

Mas, para sua surpresa...

Inês não foi embora. Ao contrário, tirou o casaco de lã de costas para ele e soltou o cabelo preso.

Vestindo apenas uma blusa preta justa, ela caminhou até ele com os cílios baixos, deitou-se ao seu lado e passou o braço delicadamente ao redor do pescoço dele.

Inês, com o rosto corado e o coração disparado de nervoso, ainda assim, teve coragem de levantar o rosto e dar um beijo nos lábios dele.

— Assim está bom?

Ele já tinha feito tanto por ela, e isso era tudo que ela podia retribuir!

Kléber levantou a mão esquerda, afastou o cabelo bagunçado da testa dela e falou com a voz rouca:

— Eu já te ensinei, isso não é beijo de verdade!

Ele se inclinou e tomou os lábios dela.

Inês não se esquivou, apenas fechou os olhos, abraçou o pescoço dele, abriu os lábios e deixou que ele a conduzisse, até mesmo tentando retribuir.

Ela entendia que ele se casara com ela para expandir os negócios na Costa Esmeralda.

Ela aceitava que ele a tratasse bem, talvez apenas por capricho.

Mas...

A situação de agora era diferente.

Aquilo poderia ter sido fatal, e ele, por ela, não hesitou nem um segundo.

Que idiota!

Kléber levantou a mão e puxou a cabeça dela de volta ao peito dele.

— Ainda nem conquistei você, como vou deixar que outros te machuquem?!

A voz do homem era preguiçosa e bem-humorada, como se não levasse nada a sério.

— Quem diria que esses caras... realmente tiveram coragem!

Inês não disse mais nada.

Parece que...

Ela pensou demais!

Ele não tinha sentimentos verdadeiros por ela.

Ainda bem...

Quando chegasse a hora de se separarem, ela não teria por que sofrer.

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