Os gemidos perfuraram a parede fina, forçando Kate a acordar. A última coisa que ela precisava era outra noite sem dormir. O trabalho vinha se tornando cada vez mais difícil, com uma carga cada vez maior, e agora ela estava perdendo as oito horas cruciais de sono que precisava para funcionar. Ela resmungou, rolando para fora da cama e vagando para a cozinha. Pegou um copo d’água, tomando pequenos goles na esperança de que seu vizinho já tivesse terminado quando ela voltasse. Ao esvaziar o copo, o colocou na pia e voltou para seu quarto, agora silencioso. Ela murmurou um agradecimento para o ar e fechou os olhos, na esperança de que o sono a encontrasse rapidamente.
Qualquer chance disso acontecer desapareceu quando ela ouviu a cabeceira da cama batendo na parede, a cama rangendo, e os gritos perturbadores da mulher no outro quarto. Ela tentou ignorá-los, usando seu travesseiro para abafar os sons, mas foi em vão.
Ela bateu na parede de punho cerrado.
“Calem a boca.”
Kate sentiu a raiva queimar em suas bochechas pelo desrespeito dele. "Coloque uma meia na boca dela, pelo amor de Deus, Colton!"
"Ignore minha vizinha", ele grunhiu para sua amiga: “Ela é só uma piranha azeda que não transa.”
“Eu não sou isso, seu idiota. Algumas pessoas têm que trabalhar de manhã, então calem a boca!”
Os ruídos do outro quarto silenciaram, e Kate abriu um sorriso presunçoso. Ela esperava que a mulher tivesse ficado envergonhada e não permitisse que ele continuasse. Ela estava ansiosa para ver a raiva queimar nos olhos escuros de Colton no dia seguinte, sabendo que o havia causado alguma frustração. Era uma doce vingança pelas incontáveis horas de sono que ela havia perdido ao longo dos três meses em que morava ao lado dele. A última coisa em que pensou foi naqueles olhos negros se estreitando, irritados, antes de cair em um sono tranquilo.
*
Voltando de sua corrida, Kate abriu a caixa de correio, folheando os envelopes distraidamente antes de subir as escadas para seu apartamento. Uma loira voluptuosa usando um vestido preto apertado esbarrou em seu ombro, os grandes olhos azuis piscando nervosos em sua direção. A julgar pela maquiagem borrada e cabelo emaranhado, Kate supôs que a loira era a mulher escandalosa da noite anterior. Ela abafou uma risadinha, indo para o quarto andar e torcendo o nariz com o forte cheiro de maconha.
Colton, sem camisa, estava encostado no corrimão, o baseado aceso apertado firmemente entre os lábios. O cabelo preto estava espetado e bagunçado, e seus olhos escuros a encaravam enquanto ela subia as escadas.
“Ela ficou aqui mais tempo do que o normal”, Kate bufou, movendo-se para destrancar a porta da frente.
“Alguém empatou minha foda ontem à noite.” Ele se virou, apoiando os antebraços contra o corrimão, apresentando suas costas bem arranhadas para ela como um troféu. “Tive que terminar o que comecei. Não dá para passar o dia com dor nas bolas, não é?”
“Porque seus dias são muito difíceis mesmo.” Kate balançou a cabeça, destrancando a porta da frente e entrando. “Deve ser bom passar os dias sem fazer nada, mas algumas pessoas não levam uma vida só de sexo e maconha, então, por favor, mantenha suas amigas de foda quietas.”
Colton virou para encará-la, o fogo em seus olhos apenas aumentando sua atratividade. Ele abriu a boca para falar, mas Kate fechou a porta na cara dele. Ela jogou a correspondência na mesa da cozinha, indo até a geladeira.
Estava vazia, completamente vazia. Ela precisaria fazer compras na volta para casa. Resmungou, enfurnando-se em seu quarto para tomar um banho e se vestir para o trabalho.
O cheiro de maconha era fraco, mas estava ali, e Kate borrifou um pouco de perfume depois de vestir uma calça preta e uma blusa branca. Pegou uma jaqueta, a bolsa e as chaves e saiu pela porta, trombando com Colton.
"Olha por onde você anda!", ele retrucou, apagando o baseado no cinzeiro ao lado da porta da frente.
"Eu?" Kate estava boquiaberta. “Não fique parado na frente da minha porta.”
Os lábios de Colton se curvaram em um sorriso de deboche desagradável quando ele se aproximou dela. Kate sentiu um nó se formando em sua garganta, observando o rosto dele cada vez mais perto. Ele era tão atraente. O clássico alto, moreno e bonito, e era por isso que ele tinha uma abundância interminável de convidadas noturnas. Mas então ele abria a boca, e as coisas mais vulgares e condescendentes eram despejadas como uma torneira. Se ao menos seu exterior combinasse com seu interior horrível, as mulheres não cairiam tão facilmente na lábia dele.
Sentindo a repressão, ele falou: "Já foram duas vezes agora."
"Duas vezes?"
"Sim. Duas vezes que você me disse o que fazer”, ele se queixou. “Você não pode me dizer o que fazer.”
Ele levantou um braço, pressionando-o contra a parede em uma tentativa de prendê-la. O sorriso presunçoso no rosto dele tirou Kate de seu transe, e ela estreitou os olhos castanhos para ele: “Considere três vezes, então.”
As sobrancelhas de Colton se ergueram de leve, como se ele estivesse em choque, mas Kate não permitiu que ele dissesse nada.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Vizinho Pervertido
O final do livro , por favor...
Mais livros dessa autora por favor...
Maravilhoso esse livro ,prova que quando se quer mudar , agente muda....