Colton caiu em sua própria cama, puxando os lençóis amarrotados e jogando-os sobre o corpo. Seu cabelo estava úmido do banho, e seu peito, ainda molhado. Ele não sabia por quê tinha ido embora. A visão de Kate enfiada entre os travesseiros, nua e corada queimou em sua mente. Mal passava das nove, mas tudo o que ele queria fazer era dormir e esquecer como ela cabia bem em seus braços, como era o hálito quente e seus lábios macios contra seu peito.
Ele não sabia mais quem diabos ele era. Sentindo falta de uma maldita mulher.
A verdade era que depois de passar a noite com ela enquanto ela estava bêbada, ele tinha sentido coisas que não sentia há... bem, nunca, na verdade. Ele gostou mais do que queria admitir de observar o suave subir e descer de seu peito, a pequena abertura de seus lábios, seu nariz aninhando-se contra o peito duro dele.
Em geral, passar a noite com uma mulher era um meio para um fim. Ele dormia o mais longe possível delas, usando um travesseiro para bloquear os braços e pernas delas, com o objetivo de comê-las pela manhã. Houve uma mulher em particular que insistiu, com suas mãos serpenteando ao redor da cintura dele sempre que tinha a chance. Nem mesmo uma boa foda valia uma mulher pegajosa, então ele a expulsou.
E agora ali estava ele, desesperado para passar a noite ao lado de Kate, para saborear a sensação de seu corpo entrelaçado com o dele.
Colton bufou e sentiu o vazio de sua cama ondulando através dele, um músculo de cada vez. Nunca tinha sido tão afetado por uma mulher. Foda-se, ninguém valia aquilo. Ele ofegou, deixando escapar um suspiro frustrado. A forma como seu corpo a desejava só o deixava com raiva. Ele queria dar um soco em alguma coisa.
Sem pensar, ele sentiu o piso frio de madeira sob seus pés descalços, e suas pernas voltaram sozinhas para o apartamento dela, para Kate.
Quando chegou à porta, o som da doce voz de Kate atingiu seus ouvidos. Ele podia ouvir outra voz, mais grave, e a raiva o atingiu. Involuntariamente, seus punhos se fecharam ao lado do corpo. Talvez fosse Austin, e Colton enfim teria a chance de socar algo.
Ele girou a maçaneta e abriu a porta o mais devagar que pôde. A irritação ferveu o preto de seus olhos com a visão daquele pequeno idiota do andar de cima. Como diabos era mesmo o nome dele? Wayne? Warren? Seu nome poderia ser qualquer merda, Colton não dava a mínima. Que porra ele estava fazendo na porta de Kate?
"Na verdade, eu estava indo para a cama, Wade." A cadência melosa de sua voz cintilou pelo corredor, e Colton sentiu uma pontada familiar no peito.
Wade.
Era isso. O pequeno filho da puta. Qual era a jogada dele, aparecendo na porta dela às nove da noite? Colton não precisava de um segundo palpite.
"Mas um café outro dia parece bom. Eu adoraria passar algum tempo com você e sua avó. Ela é uma mulher tão doce."
Há. Um sentimento de orgulho cresceu dentro dele.
Os olhos de Wade se arregalaram de vergonha, e ele baixou os olhos para os pés, gaguejando: "Ah, eu quis dizer... talvez pudesse ser só..."
Kate não disse nada, inclinando seu lindo rosto enquanto esperava que ele continuasse. Havia um pequeno sulco em sua testa, quase como se ela não entendesse o que ele estava perguntando.
As bochechas de Wade ficaram vermelhas, e Colton decidiu que não podia mais assistir àquilo. Ele tossiu, chamando a atenção dos dois para sua presença na porta. Abriu um sorriso de satisfação enquanto observava Wade coçar a nuca timidamente.
"Colton, o que você está fazendo?", Kate murmurou, seus olhos castanhos brilhantes o encarando com curiosidade.
Colton fechou a porta de seu apartamento atrás de si e atravessou o pequeno corredor de ladrilhos, inclinando-se em um gesto possessivo contra o batente da porta. Ele tinha acabado de se colocar bem no meio dos dois e esperava que Wade entendesse o recado.
Seu abdômen ondulou sob a pele tatuada, e seu pênis se contraiu quando Kate se demorou encarando-o, passando a língua pelos lábios.
"Eu só ia perguntar se você me deixaria passar a noite aqui."
O ceticismo estava gravado em suas feições delicadas. Ela arqueou as sobrancelhas e cruzou os braços sobre o peito. "Você realmente quer ficar, ou me ouviu falando com o Wade e ficou com ciúmes?"
Colton estava tão concentrado em correr a língua ao longo da linha bonita de sua mandíbula e mordiscar seu pescoço que, por um instante, até se esqueceu de Wade. Ele cerrou a mandíbula e se virou na direção do rapaz. O cara ainda estava ali.
"Ela já disse que vai tomar café com você e com a sua avó. Que porra você ainda está fazendo aqui?"
“Colton!”
"Claramente eu estou interrompendo alguma coisa", Wade murmurou, dirigindo os olhos castanhos para Kate. "Nos falamos depois?"
Colton cerrou os dentes. Aquele merdinha achava que ela pediria para ele ficar? Ele realmente achava que ela chutaria Colton para que eles pudessem terminar aquela conversinha fiada? Os olhos escuros voltaram-se para Kate, e sua respiração engatou em sua garganta. Merda, ela faria isso?
"Sim, eu te vejo depois", Kate sorriu; seus olhos arregalados olhavam para ele se desculpando enquanto ele se retirava às pressas pelas escadas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Vizinho Pervertido
O final do livro , por favor...
Mais livros dessa autora por favor...
Maravilhoso esse livro ,prova que quando se quer mudar , agente muda....