Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 35

O restaurante era pequeno e íntimo. Kate havia passado por ele em suas corridas diárias, mas nunca havia entrado. Na frente do restaurante, atrás do balcão da recepção, havia enormes fornos a lenha, onde chefs talentosos preparavam pizzas para o salão já lotado. O calor dos fornos, junto com a grande lareira nos fundos do restaurante, fez suas bochechas ficarem vermelhas. Ela tirou a jaqueta, olhando ao redor, na esperança de avistar a Sra. Huang ou Wade.

Uma comprida mesa no fundo do salão estava repleta de pessoas ao redor, e havia balões em seu centro com as palavras 'sentiremos sua falta' rabiscadas neles. Parecia um pouco demais, considerando que ele voltaria em breve, mas Kate deu de ombros. Na ponta da mesa, a Sra. Huang estava sentada, conversando com o homem ao lado dela.

Os olhos cinzas da senhora brilharam quando ela viu Kate, e ela acenou da mesa. Levantou-se com as pernas trêmulas, envolvendo os braços em torno de Kate em um abraço caloroso: “Ah, estou tão feliz que você veio! Wade disse que não tinha certeza de que você iria aparecer”.

Kate sorriu, agradecendo para o homem com quem a Sra. Huang estava conversando quando ele se levantou e lhe ofereceu o assento. “Claro. Tenho certeza que a senhora está triste por ele ir embora”.

"Foi adorável tê-lo por perto", ela balançou a cabeça, com um sorriso largo enrugando sua pele envelhecida. “Mas não vai ser por muito mais tempo, e então ele vai poder me visitar o tempo todo. Talvez vocês dois possam ir tomar aquele café. Eu sei que ele ficou desapontado por não ter dado certo”.

Sem saber o que dizer sem ofender a senhora, Kate ficou grata pela chegada de Wade à conversa. Ela se levantou, aproximando-se dos braços abertos dele de forma meio desajeitada, e então deu-lhe um tapinha nas costas.

“Obrigado por vir!”, ele sorriu, e ela sentiu a respiração quente em seu pescoço enquanto suas mãos faziam círculos ao redor das costas dele. "Você está linda!"

Kate enrijeceu e se afastou dele, observando o olhar vidrado em seus olhos, antes de soltar uma risada tensa: "Você parece um pouco bêbado".

"Eu bebi umas antes de vir pra cá", ele riu. Suas mãos permaneceram nos quadris dela, mantendo-a muito mais perto dele do que ela queria. “Mas é só comer um pouco e já estou pronto pra mais”.

Kate assentiu e se recostou na cadeira, forçando as mãos dele para longe de seu corpo.

A Sra. Huang deu um pequeno sorriso, acariciando a mão de Kate com ternura: “Os amigos dele deram álcool para ele a tarde toda. Eu disse pra ele parar, mas você acha que ele ouve a avó?”

Wade voltou para seus amigos, e Kate sentiu seu telefone vibrar em sua bolsa. Ela olhou para baixo, revirando os olhos de brincadeira quando viu o nome de Colton: “Está terrível aí?”

“Estou sentada com a Sra. Huang. Wade está com os amigos. O restaurante é legal. Você deveria me trazer aqui um dia”.

Levou um minuto até o telefone vibrar mais uma vez: “Se você voltar para casa agora, temos um acordo”.

“Espertinho”.

“Isso é um sim?”

Kate deu uma risadinha, afastando o telefone e voltando-se à conversa com a Sra. Huang. A senhora contou tudo sobre sua vida em Sichuan, China, e como ela se mudou para a América com o marido e criou seus três filhos em Ohio. Kate estava absorta, ouvindo atentamente, enquanto as pizzas e massas de dar água na boca eram servidas à mesa. Ela tomou um gole de vinho tinto, assentindo e franzindo a testa para cada informação que a Sra. Huang dava.

O marido da mulher havia morrido de câncer alguns anos antes, e seus três filhos estavam todos espalhados em diferentes Estados. Ela estava emocionada que Wade se mudaria para tão perto e esperava que ele sossegasse e encontrasse uma namorada, para que ela pudesse ver seus bisnetos antes de morrer.

O estômago de Kate deu um nó quando a mulher lhe deu uma piscadela descarada: “Você seria tão boa para ele, sabe? Ele é um menino adorável. É educado e trabalhador. E eu acho que ele está mesmo apaixonado por você”.

“Na verdade, eu estou com o Colton, Sra. Huang”, Kate forçou um sorriso, antes de tomar um grande gole de vinho e senti-lo subir direto para a cabeça.

"Você não tem...", Kate começou, mas percebeu que não tinha escolha quando a mão de Wade colidiu firmemente com a parte inferior de suas costas, empurrando-a em direção à porta. Ao saírem do restaurante, ele estendeu o braço para ajudar Kate a vestir sua jaqueta. Ela obedeceu, murmurando um desconfortável 'boa noite' enquanto tentava se afastar.

Os braços dele a seguraram pela cintura com força, apertando-a contra seu peito, e os olhos amendoados de Wade se arrastaram para os lábios pintados de vermelho: "Você tem uma boca tão bonita."

Kate revirou os olhos, tentando se afastar do abraço dele, sem sucesso. Wade era surpreendentemente forte. "Eu acho que você sabe que estou com o Colton, Wade", ela disse com firmeza, segurando os pulsos dele na esperança de afastá-los de seu corpo.

“Ah, para”, Wade resmungou, aproximando seu rosto do dela e molhando os lábios finos dela com sua língua, para grande repulsa de Kate. “Ele não está aqui, está?”

“Não, ele não está. Eu estava tentando ser respeitosa com a sua avó”, ela retrucou. “Mas não vou cometer esse erro de novo. Agora, me solte”.

Wade riu, balançando a cabeça teimosamente. Estava claro que o álcool lhe dava a confiança que ele nunca teria normalmente. Ou talvez fosse a falta da presença intimidadora de Colton. A boca dele bateu contra a dela, e sua língua molhada circulou na parte externa dos lábios de Kate, deixando-a nauseada. Ele cheirava a álcool misturado com alho, e tudo o que ela queria fazer era vomitar na cara dele por ser tão desprezível.

Ela o empurrou para trás, com as mãos espalmadas no peito dele, apenas o suficiente para ser capaz de levar o joelho até a junção da virilha de Wade. Ele grunhiu, dobrando-se e segurando a virilha com dor, enquanto Kate aproveitava a chance de escapar.

Seus saltos batiam contra o pavimento mais rápido do que ela gostaria, mas tudo o que ela conseguia pensar era em chegar em casa para limpar o rosto da baba de Wade e substituí-la pelo do Colton. Sentiu-se aliviada quando os passos dele não a seguiram, e então ela diminuiu a velocidade ao chegar à entrada de seu complexo. Tirou os saltos, subindo os degraus às pressas até chegar ao quarto andar. Sua porta estava destrancada. Ela cambaleou para dentro de seu apartamento, descansando contra a porta e tentando recuperar o fôlego.

"Porra, você está em casa mais cedo do que eu pensei que você..." A voz de Colton sumiu quando ele virou a quina da parede, e seus olhos escuros, que a deixavam com as pernas trêmulas, fitaram suas bochechas vermelhas e o peito ofegante. "Que merda aconteceu?"