Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 64

Quando os últimos paramédicos e policiais saíram do apartamento, Colton os agradeceu, cansado, antes de fechar a porta. Parecia que eles tinham ficado lá por horas, fazendo perguntas, desenvolvendo uma imagem mais clara do que havia acontecido. A policial loira, Sandy, chegou meia hora depois de seus colegas de trabalho. Ela estava vestida à paisana com os cabelos soltos em seus ombros, e Colton adivinhou que ela não estava realmente de serviço. Ela se afundou na cama ao lado de Kate, pedindo desculpas enfaticamente por focar no irmão errado. Kate, tão compassiva como sempre, balançou a cabeça, enxugando as lágrimas de suas bochechas já encharcadas e admitindo que estava tão surpresa quanto qualquer um. O departamento de polícia de Seattle foi alertado sobre a revelação de Preston, e Sandy garantiu a Kate que eles estavam reabrindo a investigação do caso contra Harry Abbot.

Colton baixou a cabeça ao se lembrar dos acontecimentos da noite anterior, e a vergonha o invadiu ao reconhecer que ele havia tornado as coisas mais fáceis para Preston. Colton estava ferrenhamente envergonhado. A julgar pelo olhar depreciativo da policial, podia dizer que ele tinha parecido um idiota.

Lançando um olhar de esguelho para os bancos da cozinha, ele tinha observado o corpo parcialmente descoberto de Kate tremer como uma folha enquanto os paramédicos faziam exames nela. Ela o havia fitado, forçando um sorriso para apaziguar seu corpo tenso. Aquele ia ser um longo processo para ela, para eles; Colton suspirou. Ele não sabia se ela o perdoaria. Inferno, ele não tinha ideia se ele poderia se perdoar. Tinha fodido tudo além da conta. Excelente.

Agora, eram apenas os dois, sozinhos no apartamento em que Kate quase morreu. Colton olhou para ela timidamente enquanto ela permanecia onde estava, precariamente caída no banco. Hesitante, ele deu um passo em direção a ela. Os olhos vermelhos e inchados olharam para ele, e Colton sentiu seu coração se partir. Não adiantava perguntar se ela estava bem. Era óbvio que ela não estava.

"O que eu posso fazer?", ele murmurou, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha dela. "O que eu posso fazer para que você se sinta... melhor?" Ele estremeceu quando a palavra deixou seus lábios. Melhor não era o que ele queria dizer, mas estava tendo dificuldade em se concentrar com os lábios em forma de coração dela tremendo; as lágrimas ainda escorrendo de suas bochechas redondas para a camiseta preta que cobria o peito de Kate.

Ela não disse nada. Colton avançou, abraçando-a com força enquanto ela se dobrava em seu peito. Seu choro baixo se transformou em soluços por completo.

“Eu sinto muito. Eu deveria estar aqui, caralho. Me desculpe".

"Você deveria estar", ela fungou, mas Colton não sentiu malícia. Ela era muito mais do que ele merecia.

Ele enganchou um dedo sob o queixo dela e inclinou seu rosto para que ela o olhasse. “Me dê um tapa na cara. Grite comigo, diga que sou um idiota e que você me odeia. Eu mereço".

O cabelo de Kate caiu em seus olhos, grudando nas lágrimas. Ela engoliu audivelmente: "Eu não quero fazer nada disso".

“Bem, me diga o que você quer fazer. Me diga o que eu posso fazer, amor. Por favor".

Ela baixou os olhos inchados para os dedos de Colton emaranhados com os dela e respirou fundo. "Eu não quero ficar aqui... não mais. Nunca mais. Eu quero um novo começo. Um novo apartamento. Você acha... que talvez Rhys me deixe quebrar meu contrato?”

"Claro que ele deixa", ele assentiu, depositando um beijo suave em sua testa úmida. Ele queria pegá-la em seus braços e beijá-la com força, beijá-la pelos breves momentos em que pensou que a havia perdido, mas não queria abusar da sorte ou de seu estado frágil.

Kate fungou mais uma vez, pegando um lenço de papel da caixa que os policiais haviam dado para ela. Ela suspirou para ele, limpando o nariz e baixando os ombros em sinal de derrota. "Me desculpe, eu não confiei em você".

Colton riu, balançando a cabeça com desdém. “Você tinha todo o direito de suspeitar. Não sei por que eu estava tão desesperado para te fazer surpresa. Eu sou um idiota. Sinto muito por ter ido embora. Me desculpe, eu realmente acreditei que você estava me traindo”.

Kate abriu a boca, mas a fechou rapidamente, e seus olhos cor de caramelo lacrimejaram de novo quando ela espiou por cima do ombro dele. Ela levou as mãos ao pescoço em um gesto instintivo, esfregando a pele machucada. O peito de Colton doeu com aquela visão, e a culpa o consumiu por inteiro.

"Vamos. Vou fazer uma mala para você, para hoje à noite, e podemos dar o fora daqui”.

"Para onde a gente pode ir?", ela sussurrou. “Não quero colocar a Paloma e a Florence em risco. De novo, não".

Colton sorriu, segurando a bochecha dela nas palmas de suas mãos largas. "Ele não pode te pegar, amor. Ele está na cadeia”.

Os lábios dela estremeceram; as mãos se retorceram em seu colo enquanto ela rasgava o lenço de papel em pedacinhos. Não tinha sentido em tentar convencê-la do contrário. Ela estava apavorada, e se Colton estava sendo honesto, Preston também havia sido. Colton acenou com a cabeça, beijando-a suavemente. "Eu vou pegar um hotel para a gente".

Colton virou-se e deu um passo em direção ao quarto dela. As unhas dela cravaram em seu pulso, forçando-o a olhar para ela. Os olhos grandes lacrimejaram, os lábios apertando entre os dentes nervosamente. "Não me deixe".

"Oh, amor", ele suavizou, envolvendo-a em seus braços e dando um selinho no topo de sua cabeça. Kate se aninhou profundamente no peito dele, sentindo a umidade de seus olhos manchá-lo enquanto ele a segurava. Colton podia sentir o corpo dela tremer. “Eu só vou fazer uma mala para a gente, ok? Eu volto já".

Kate assentiu, relutante, afrouxando os dedos. Colton podia sentir os olhos dela perfurando suas costas, observando-o cautelosamente enquanto ele corria ao redor da sala, enfiando às pressas algumas roupas em uma mala. Ele a ouviu gemer de leve quando ele desapareceu para dentro do banheiro, pegando as coisas de higiene íntima que sabia que ela precisaria. O coração dele se apertou, o ódio o tomou da cabeça aos pés; ódio de si mesmo por ser tão idiota, ódio de Preston por ousar colocar a porra de um dedo em Kate.

Ele saiu correndo do banheiro e descansou as mãos de leve contra os joelhos dela. “Estou aqui, amor. Você está segura agora, ok?”

Ela assentiu, e lágrimas frescas caíram em cascata por suas bochechas avermelhadas enquanto Colton a ajudava a se levantar. Colocando o braço em volta da cintura dela de forma protetora, ele pegou as chaves do carro e as malas do chão, encorajando-a a descansar o peso de seu corpo contra o dele ao descerem as escadas. Portas se abriram e vizinhos intrometidos espiaram, ainda curiosos sobre a comoção anterior. Colton fez uma careta para eles, fazendo com que alguns fechassem suas portas com pressa; o restante ganhou um áspero 'vaza'.

Chegando à garagem, Colton sentiu Kate se encolher debaixo dele, e ela girou a cabeça para verificar cada canto do espaço escuro. Colton beijou sua têmpora, sussurrando em seu ouvido de forma tranquilizadora: "Eu estou com você, amor. Não precisa se preocupar”.

Ela pareceu relaxar com as palavras dele. Colton destrancou o carro, segurando a porta aberta para ela entrar. Ele correu para o lado do motorista, trancando as portas e sentindo seu coração se partir outra vez enquanto os olhos dela examinavam os assentos com cautela. Ele não fazia ideia de como ajudá-la, de como fazê-la se sentir segura, e odiava isso. Queria tão desesperadamente envolvê-la e prometer a ela que ele nunca, nunca deixaria ninguém a machucar de novo, mas sabia que não tinha esse poder.

Ele daria o seu melhor agora. Tinha certeza disso.

O carro roncou ao ser dada a partida, e Colton apertou a coxa de Kate. Ela entrelaçou seus dedos aos dele com gratidão enquanto fungava.

“Eu te amo, Kate. Eu nunca mais vou sair do seu lado. Eu prometo".

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