“Então, como estão as coisas com o Heath?”, Kate murmurou, ignorando o olhar severo da instrutora de ioga enquanto se alongava em seu tapete rosa, levantando os quadris no ar e saboreando a liberação de seus músculos doloridos.
Paloma abriu um sorriso malicioso: “Somos apenas amigos de foda, mas é tudo tão bom. Nada parecido com o que era com o Dylan. A gente estava junto há tanto tempo que eu tinha esquecido como era ser comida com paixão e desejo, sabe? Com o Dylan, a gente tinha que fazer quando dava, por causa da Florence, mas a gente nunca estava realmente no clima. Mas agora, Heath vem e me joga na cama. É uma delícia."
A instrutora de ioga soltou um “shh”, seus olhos se estreitando com a linguagem vulgar de Paloma.
"É bom ver você assim de novo", Kate sussurrou. “Você me deixou preocupada por um tempo, quando não saía de casa, toda coberta de pó de Cheetos.”
Paloma riu baixinho: “E agora fico toda coberta de chantilly.” Ela ignorou o revirar de olhos de Kate, continuando: “Dylan vai ficar com a Florence pelas próximas duas noites. Heath estava falando de ir ao cinema amanhã. Você deveria vir com a gente. Traga o Colton. Podemos fazer um encontro de casais.”
Sem conseguir disfarçar a bufada que deu, Kate olhou para a instrutora, desculpando-se. “Prefiro enfiar alfinetes nos olhos do que ir a um encontro com Colton.”
Paloma ficou quieta, mirando a amiga com um sorriso malicioso. Kate se perguntou o quanto Heath sabia de seu encontro anterior com Colton, e quanto disso ele havia compartilhado com Paloma. Kate deveria ter contado a ela. Eram melhores amigas desde a sétima série, mas algo sobre aquela história fazia Kate se sentir decadente, como se ela devesse se envergonhar. Havia cedido aos desejos carnais e se odiava por isso.
Quando a aula de ioga terminou, Paloma deu um beijo na bochecha de sua amiga e saiu para comprar uma lingerie nova para sua noite com Heath, deixando Kate voltar para seu complexo de apartamentos sozinha. Kate parou para comprar um café perto de sua casa e tentou fazer malabares com sua bolsa de ginástica, tapete de ioga, chaves, celular e café, enquanto subia as escadas. Ela queria muito que o proprietário instalasse um elevador, mas não podia reclamar. O aluguel era bem mais barato do que o de outros prédios daquela área. Foi por isso que ela acabou ficando, mesmo depois de conhecer o vizinho infernal.
Assim que a porta da frente de seu apartamento entrou em seu campo de visão, os olhos de Kate firmaram-se no pedaço de papel que havia pregado ali. Franzindo a testa, ela deu um passo à frente, hesitante, pousando seus pertences no chão e lendo o bilhete. Seu coração saltou para a garganta, sua respiração ficou ofegante.
‘Fique longe dele, Kate. Você é MINHA’.
A escrita parecia familiar, mas Kate não conseguia se lembrar ao certo de onde a tinha visto antes. Suas mãos tremiam, tentando descobrir quem poderia ter deixado o bilhete em sua porta. Talvez tivessem errado o apartamento, mas era o nome dela ali. Seu estômago revirou.
A porta de Colton se abriu com um clique, e ele, todo desarrumado, entrou no corredor, acendendo um baseado. Quando seu olhar pousou sobre o dela, um sorriso arrogante apareceu em seu rosto.
Kate cerrou os punhos ao lado do corpo, amassando o papel nas mãos. "Você acha isso engraçado?"
“Do que diabos você está falando?”, ele zombou, soprando anéis de fumaça, claramente não deixando a raiva dela perturbá-lo.
"Disso." Kate mostrou-lhe o bilhete, empurrando-o contra a camisa cinza dele. “Você acha engraçado para caralho tentar me intimidar, né? Primeiro, você transa com a irmã do Austin, e depois me deixa este bilhete?”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Vizinho Pervertido
O final do livro , por favor...
Mais livros dessa autora por favor...
Maravilhoso esse livro ,prova que quando se quer mudar , agente muda....