Mimada amada esposa pelo Lourenço romance Capítulo 343

O quarto está bem silencioso.

É como se só restassem as batidas do coração saltitante de Vicky.

Ela está ansiosa, excitada, esperando o momento de fazer sexo com Lourenço.

Sua mão continua pressionando, tentando trazer a mão dele para junto do seu corpo.

Mas por que parou? Por que ela não consegue puxá-lo?

Vicky abre os olhos ligeiramente e o encara com um olhar de dúvida: "Lourenço..."

A mão dele está parada rente ao corpo, sem o tocar. Tão perto, mas ela não consegue puxá-la!

Ele a está rejeitando.

Por quê?

Sem a menor expressão no rosto, Lourenço puxa a mão de volta.

Só resta o ar ao toque dos dedos de Vicky.

Ela olha para ele, atordoada, com os olhos se enchendo de lágrima, numa cena de dar dó.

"Lourenço, você prometeu à vovó que iria..."

"O que você quer?" Lourenço se vira, caminha até a prateleira de bebidas e tira uma garrafa de vinho tinto para si mesmo: "Se precisar de qualquer coisa, procure Rui."

Como havia prometido, dentro dos limites do possível e do razoável, ele nunca economizou para dar a ela o que ela queria.

Vicky tem mesmo vivido uma vida idílica à margem dele por todo esse tempo.

Mas o que ela mais quer ele se recusa a entregar: a si mesmo e ao seu coração.

"Lourenço..."

"Está tarde. Volte para lá, por favor." O tom dele é leve, mas não deixa a menor sombra de dúvida.

Ele pega o roupão e entra no banheiro.

Vendo-o fechar a porta do banheiro sem cerimônia, Vicky morde os lábios e vai embora, ofendida.

Ela acabou de sentir a respiração dele se acelerar. Isso não teria acontecido sem ela ali presente.

Mas por que ele simplesmente não a deseja?

Será que ele não quer forçá-la a nada enquanto os dois ainda não ficarem noivos?

Só que ele nunca falou sobre noivado. Quanto tempo ela teria que esperar?

Do lado de fora, Rui bate à porta, e Vicky vai abrir.

Vendo o horário e notando que ela ainda está no quarto de Lourenço, ele fica meio sem graça, até dizer: "Srta. Gu, a passagem está reservada."

Não há sinal do jovem senhor na sala, e do banheiro chega o barulho de água. É claro que ele está tomando banho.

Essa mulher que passa a noite em claro quer fisgar o jovem senhor! Isso não acaba.

O rosto de Rui adquire uma expressão séria: "Srta. Gu, está muito tarde. Sr. Lourenço precisa descansar. Por favor, volte ao seu quarto e não o atrapalhe."

Ele fica parado encarando-a na porta da sala, dando a entender que não arreda pé enquanto ela também não for embora.

Vicky tem vontade de cortá-lo em pedacinhos!

Esse Rui tem problemas. Camila já se foi há tanto tempo, e ele continua tomando partido dela. Que loucura!

Ele acha que ainda há chance de ela voltar?

Não há a mínima chance! Ele se recusa a encarar a realidade!

"Mais cedo ou mais tarde, este quarto também vai ser meu." Ela sai arquejando do quarto de Lourenço,

de queixo erguido, de cabeça erguida, orgulhosa como uma pavoa.

Rui não está nem um pouco zangado, ele até deixa escapar um sorriso espremido pelos lábios nas costas dela.

"Já que a Srta. Gu goste tanto do quarto do Sr. Lourenço, vou comentar com ele e pedir que ele aceite trocar de quarto."

"Você..."Ela se vira de repente, encarando-o.

Ela quer acabar com ele! Ainda mais com aquele sorriso no rosto.

Mas ainda não é a hora.

O desgraçado ocupa uma posição muito importante ao lado de Lourenço. Por mais que ela tentasse pequenos truques para incriminá-lo, Lourenço jamais duvidaria da honestidade dele.

Mas como permitir que uma pessoa dessas fique ao lado de Lourenço e contra ela?

Ela aperta os olhos e o enquadra.

Um dia ela dará um jeito para que ele e em Camila, por quem ele tem tanta devoção, sumam completamente das vistas de Lourenço!

Aguarde e confie.

Na verdade, Rui não queria brigar com ela. É uma situação muito desagradável.

O problema é ela se vestir de forma tão provocante à noite e querer entrar no quarto de Lourenço para consumar seus objetivos espúrios. Ele não aguenta!

Se uma vadia trambiqueira como essa ficasse mesmo do lado do Sr. Lourenço, ele seria o primeiro a não se conformar.

Mesquinha, hipócrita e rasteira.

Só porque Lourenço prometeu à falecida avó que cuidaria dela pelo resto da vida ela se acha no direito de ficar a sós com ele?

É passar de qualquer limite.

Rui espera até que Vicky entre no quarto e feche a porta, e só então vira as costas.

Enquanto isso, no outro quarto, Lourenço continua no banheiro.

Rui é breve, e se sente até um pouco melancólico. Sr. Lourenço passou mesmo por uns maus bocados.

Mas ultimamente...

Se continuar desse jeito, não dá nem para saber no que vai dar.

Mas ele não consegue parar, nem mesmo sabe se precisa parar.

Pelo menos tem algum tipo de relacionamento.

Se bem que seja um relacionamento muito cruel, e muito... assustador!

Por fim, Rui fecha a porta do quarto de seu chefe e vai embora em silêncio.

Quando Lourenço sai do banho, o quarto finalmente está em paz.

São quase três horas da manhã.

Ele se deita, mas não tem um pingo de sono.

Na sua mente, há apenas um vai e vem contínuo da imagem de Camila se esforçando para conter as lágrimas debaixo seu corpo.

Seu frágil corpo tremia sem parar sob a pressão dele.

Ela estava visivelmente amedrontada, mas mordia os lábios com força, tentando demonstrar calma.

Mas, no final, ela se entregou ao choro com o assédio dele.

Lourenço cerra os olhos, incapaz de dizer se é prazer ou retaliação.

Tudo o que ele sabe é que seu pobre filho jamais terá a chance de vir a este mundo.

Quando volta a abrir os olhos, todas as suas lembranças já estão dispersas.

Tudo o que resta é sede selvagem de sangue e ódio profundo.

……

Quando Camila se acorda novamente, já são três batidas do dia seguinte.

A luz do sol invade a janela, chegando até um vaso de cristal não muito distante; a luz refletida faz seus olhos doerem um pouco.

Ela enruga a testa e abre os olhos devagar.

Parece que há alguém ao lado dela. A sensação de calor e de um toque delicado a fazem acordar de repente, alerta.

Ao erguer o olhar, o impecável cavalheiro Nicolau aparece à sua frente.

É a primeira vez que ela acorda na mesma cama com ele.

De tão perto que estavam, ao ver acidentalmente a sombra coberta por seus longos cílios, seu coração não consegue evitar uma leve palpitação.

O que a deixa ainda mais corada é a camisa desabotoada sabe-se lá que horas, deixando à mostra e sem reservas o tórax atraente de seu anfitrião.

Depois de um boa noite de sono, a tristeza foi embora. E ela ainda começa o dia com essa visão de homem seminu que não sai da sua cabeça.

Suspirando levemente, ela procura um modo de sair dos braços dele.

De repente, o cara bonito que ainda está dormindo cerra os braços e a puxa de volta sem avisar.

Ele se vira na cama e acaba pressionando o corpo dela, o que o deixa confuso: "Seduzindo em cima de mim logo cedo?"

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