Mimada amada esposa pelo Lourenço romance Capítulo 344

Seduzir em cima dele?

Atônita, ela sacode a cabeça, apressada: "Não, não ..."

Nicolau aperta os olhos: "Você estava só analisando o meu corpo, seus olhos não mentem. Não vai dizer nada?"

"Não estava, não. Deixe de caluniar os outros." Camila não está acostumada com essa postura, e lhe dá um empurrão.

"Levante-se você, primeiro." Ele a está apertando. É cada uma!

Ainda que estejam todos vestidos, é uma postura muito ambígua.

"Levantar-me para quê?" Além de não se levantar, Nicolau a aperta ainda mais.

"Nem pensar!" Camila fica surpresa e com as bochechas coradas.

Seus corpos estão colados. Por mais que o tecido separe os dois, é possível sentir cada linha e cada contorno do seu corpo.

Além do mais...Como a roupa dele ficou desabotoada desse jeito? Agora, se está abaixado: o peito dele está totalmente exposto.

Sempre alinhado e elegante, ela não esperava que os músculos no peito dele estivessem tão tensos.

Tudo tão definido! É muito sexy.

Ao vê-lo por acaso, Camila chega a ficar sem ar.

"Não! Desça daí..."Ela quer empurrá-lo, mas a camisa dele está aberta. Com certeza ela vai acabar tocando esse corpo quente.

Muito quente...É isso. A temperatura desse garoto está subindo muito rápido.

E ele só queria brincar com ela, provocá-la.

Só que ele mesmo não imaginava que aquele contato, aquela pressão que ele fez no corpo dela fosse deixar um branco na sua cabeça.

O branco passou e se tornou vermelho-fogo, como se ele tivesse tomado dez garrafas de vinho tinto.

"Nicolau..."

"Não se mexa." Ele nunca tinha tentado pressionar uma garota logo de manhã cedo, assim, tão fácil.

Agora ele quer descer, mas o corpo claramente não escuta as ordens de seu cérebro, até as suas mãos tentam trair sua consciência.

Sua grande mão cai sobre o ombro de Camila, e ele o massageia suavemente.

De imediato, a garota debaixo fica tensa e rígida, sem ousar se mover.

"Desça... Não..." Ela é meio incoerente.

É a segunda vez que ela fica próxima dele por tanto tempo, e até então não sabia que o corpo dele exercia tamanha atração.

Corada, Camila sente o suor escorrer de sua testa, e o nervosismo.

A voz de Nicolau é rouca, suas sobrancelhas estão enrugadas, e o suor também escorre copiosamente por sua face.

"Afinal...Quer que eu desça ou não?"

"Deixe de brincadeira..." Ela imagina que a sua voz sairá fria e serena, e só depois que a ouve percebe que ela parece ser convidativa.

Nicolau está que não se aguenta, e o sangue sobe rapidamente!

Assim que ele solte as mãos, seu corpo pesado a pressiona ainda mais.

"Você..."

"Estou um pouco... Não consigo me controlar." Ele abaixa a cabeça e a enterra no pescoço de Camila.

Apenas meio dedo separa seus lábios finos do pescoço dela.

Basta avançar um pouco e ele conseguirá beijá-la...

O cheiro único do corpo dela o deixa atordoado.

A grande mão que segura seus ombros, também parecendo incapaz de suportar a solidão, se move para o decote e gentilmente puxa o seu colarinho.

A pele branca como a neve o provoca até o rubor!

Ainda um grande suspiro é incapaz de normalizar a pressão arterial que vai às alturas!

Por fim, depois da guerra entre cérebro e corpo, Nicolau respira com dificuldade, seus braços se apertam por um instante e ele envolve a delicada garota com vigor.

Ele então abaixa a cabeça e lhe tasca um beijaço.

Essa aura de animal faz a até então aérea Camila despertar instantaneamente.

De novo essa respiração, essa respiração selvagem que quer engolfá-la!

E então aquela cena de desespero retoma a sua mente. Um homem a pressiona contra seu corpo, ignora o seu choro e sua súplica por misericórdia e investe sobre ela de forma frenética.

"Não!" O rosto de Camila vai do vermelho ao pálido em um mero instante.

Ela vira o rosto. O beijo de Nicolau não consegue tomar os seus lábios, perdendo-se em seu pescoço no meio do caminho.

"Eu não quero! Não faça isso comigo!" As cenas da noite passada dispararam todos os seus medos dos homens.

Ela golpeia o peito dele freneticamente, empurra-o com força e até morde o seu braço.

Não faça isso! Nem pode tratá-la desse jeito! Não mesmo!

Confuso, ele sente apenas um formigamento, ergue os olhos do pescoço dela e a vê mordendo o seu braço. Duas linhas de lágrimas de horror rolam pelo rosto dela, que treme.

Sentindo um aperto no coração, ele por fim cai em si.

"Mila..."

"Não, não..."

Ela ainda tem a visão turva e os olhos banhados de lágrimas.

Continua mordendo o braço dele, e suas mãos assustadas insistem com os golpes.

Ela está com medo! De tanto medo, perdeu a cabeça. Até esqueceu quem era a pessoa ao seu lado.

Toda a sua consciência está presa naquele homem abominável.

Ele a amarrou, pressionou, violentou insanamente.

"Ai..."

"Mila, sou eu! Sou eu. Não precisa ter medo." Nicolau se afasta do corpo dela para, em seguida, pegá-la no colo.

Seu braço está mordido por ela. O sangue escarlate escorre pelos lábios dela, e o cheiro de sangue se amplifica.

Ele não sente dor no braço, mas seu coração ressente o pânico e o desespero que ela carrega.

Ela deve estar se lembrando da violência de Lourenço. Naquele momento, ela deveria estar ainda mais desesperada, ainda mais em pânico do que agora.

"Mila, sou eu. Acorde, sou eu, Nicolau!"

Ele a abraça com força e diz baixinho: "Não tenha medo, sou eu. Não vou machucar você, nunca vou machucar você. Não precisa ter medo."

Os olhos confusos de Camila encontram um pouco de brilho.

Os dentes mordidos do braço de Nicolau liberam lentamente.

Erguendo a cabeça, ela o observa, e sua visão embaralhada vai se tornando nítida.

"Nicolau..."

"Sou eu, não tenha medo." Nicolau se sente um pouco amargo. Ele não esperava perder o controle assim, a ponto de assustá-la.

Passada uma noite, ela pensou ter finalmente se esquecido dessas coisas. E coube a ele lembrá-la!

"Desculpe..."

Desculpe? Desculpar o quê?

Camila ainda continua confusa. Na cabeça dela, ela ainda estava no carro, sendo espancada por Lourenço.

Só de pensar naquele homem, seu corpo delgado se põe inevitavelmente a tremer.

Mas agora ela já percebe que não está em nenhum carro, e sim no apartamento de Nicolau, na cama.

Que gosto é esse?

Ela ergue a mão e limpa os lábios, sem imaginar que as costas da mão ficariam manchadas de sangue!

Surpresa, ela enfim se lembra de alguma coisa, olha para baixo e fica completamente apavorada!

"Seu braço..."Deus do Céu! As marcas de dentes no braço dele foram culpas dela?

É uma mordida muito feroz. Fez o sangue dele jorrar!

"Tudo bem." Um pequeno machucado não é nada. Nicolau não se importa, desde que ela se acalme.

"Não se mexa!" Camila não permite que ele retire o braço.

Ela se levanta da cama, pega a caixa de primeiros socorros e volta a se sentar ao lado dele.

Ela trata o ferimento com um remédio e uma gaze.

Uma mordida dessas não teria que demandar uma injeção no hospital?

Ela conseguiu machucá-lo desse jeito com uma mordida. Passou dos limites.

"Desculpe"

"Sou eu quem deveria pedir desculpas."

Depois de ela enfaixar o ferimento, Nicolau ergue o braço e aperta os lábios em um sorriso.

"Não fique com raiva de mim, eu simplesmente perdi o controle por um instante."

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