Mimada amada esposa pelo Lourenço romance Capítulo 377

Parece que Eugênia terminou tudo o que tinha para escrever.

Ela põe de lado o papel e a caneta, e se vira para Camila.

Nos cantos de seus lábios, persiste aquele sorriso sombrio e perturbador.

"Ela descobriu o meu envolvimento com outros homens. Não podia matá-la para silenciá-la?"

"O quê?" Camila fica chocada por uns instantes.

Outros homens...Então ela traiu o Sr. Chami.

"Não entendo. Chami tem tantas mulheres, por que não posso ter outros homens?"

"Por que ela disse que queria contar ao Chami o que aconteceu, e por que queria me expulsar da Família Mu?"

"Você...Você foi ver a Dona Luísa naquele dia..."

"Foi ela quem me procurou!"

Eugênia olha para Camila e zomba: "Ela disse que queria me tirar da Família Mu!"

"Impossível. Dona Luísa era tão gentil. Nunca tentaria forçá-la a nada, apenas convencê-la."

Camila não quer acreditar nisso de jeito nenhum.

A vovó era incapaz de dizer palavras mais duras. Como poderia forçá-la a ir embora?

Quem não sabia que Chami tinha tantas mulheres lá fora?

Nem é preciso falar as no fora. Lourenço tem uma mãe, e Manoel tem outra.

Até mesmo Fábio e Jaime nasceram de mães diferentes.

A família toda conhecia o jeito apaixonado de ser do Chami.

Ainda que fosse errada que Eugênia tinha outros homens, ela acreditava que Dona Luísa apenas tentaria convencê-la, e não mandá-la embora de forma cruel.

"Você também não acreditou, não foi?"

Eugênia sorri de repente, de um jeito meio nervoso.

"No início, eu também não acreditei. Eu achei contando que eu me confessasse, contasse tudo a ela e me arrependesse de forma sincera, ela me perdoaria."

"Eu até fiquei de joelhos e jurei que isso nunca mais aconteceria de novo, mas ela não me deu ouvidos. Ela quis garantir que todo mundo soubesse e que eu tivesse minha reputação arruinada!"

Eugênia arregala os olhos para ela, mas nesse olhar não parece haver muito rancor.

Ainda encarando Camila, ela continua o relato cheio de amargura: "Eu sou a esposa mais velha da Família Mu, e tenho trânsito livre lá fora. Se essa história se espalhar, minha vida será destruída para sempre!"

"O que eu poderia fazer? Acaso eu tinha escolha? Diga, Camila!"

De repente, ela avança e agarra Camila pela gola.

"Eu implorei para você fazer Lourenço parar de cavar no lago, mas você não estava disposta a isso. Você não tem um pingo de compaixão."

"Como eu poderia estar disposta? Você matou a Dona Luísa. Esse tipo de coisa não dá para esquecer."

Camila nem quer comentar os casos dela com outros homens.

Se ela errou, então o Sr. Chami passou ainda mais dos limites.

Camila até acha que seria esperada a Eugênia ter outros homens, considerando o comportamento exagerado do Chami.

Claro, se fosse ela, com certeza se divorciaria, em vez ficar fazendo esse tipo de jogo.

Mas cada um sabe de si e de suas ambições. Divorciar-se ou não é assunto particular.

O problema é que o que ela fez com a Dona Luísa não deve ser enterrado como aquele lago!

"Se Lourenço não tivesse cavado no lago, você confessaria?"

Afinal, quem tem a consciência culpada é ela.

Não há nada de errado em cavar em um lago!

No entanto, agora que Eugênia confessou, não há porque continuar as buscas.

Um sentimento complicado e difícil de explicar invade o coração de Camila. Ela não sabe o que pensar, mas sente que alguma coisa...Alguma coisa ainda não se encaixa.

"Você acabou comigo, Camila. Você acabou mesmo comigo."

Eugênia parece decadente e desesperada.

Ela solta Camila, afasta-se e senta-se sozinha.

Há algo em sua mão, parece uma garrafinha.

Desolada, ela observa essa garrafinha, ora rindo, ora chorando.

"O que é isso?" Camila está bem preocupada. O pânico se acerca a ela.

"O que você pretende fazer?"

Eugênia se vira para ela, em um sorriso bonito e gélido.

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