Mimada amada esposa pelo Lourenço romance Capítulo 381

No velório da Eugênia.

Como ninguém mais na Família Mu vai se ocupar desse assunto, ela é enterrada no belo mausoléu na condição de matriarca de família Mu.

Mas aos olhos de Camila, por mais bela que seja a paisagem, só o que resta é um túmulo solitário.

Ela observa Manoel no dia do funeral da Eugênia.

Em apenas dois dias, o segundo filho da Família Mu emagreceu um manequim.

Embora esteja um pouco mais sereno, ele continua muito abatido.

Ele sabe que o pai, com uma família tão grande, não estará sozinho.

O seu pai tem lá fora, ou mesmo no próprio lar, outras famílias com outros filhos.

Mas, para Manoel, a mãe era sua única parente.

Ter ou não o pai não faz a menor diferença.

Como não se desesperar agora que ela se foi?

Olhando para aquela figura deprimida não muito longe, Camila se lembra de como Eugênia estava antes de morrer.

"Por favor...você cuida de meu filho por acaso. Por favor."

A voz dela parece reverberar em seus ouvidos.

O calor em seu coração quase faz as lágrimas rolarem.

Nada é mais doloroso do que ver alguém se despedir de um familiar para todo o sempre.

Quando chega a vez de eles queimarem o incenso, Camila segue atrás de Lourenço.

Ela nem sabe muito bem se tem prestígio para queimar incenso no adeus da matriarca da Família Mu.

Mas Lourenço sabia que ela queria estar lá, e então pediu que ela viesse.

Desta vez, ele não criou dificuldades.

"Senhor Manoel." Ela caminha até Manoel e nota seus olhos vermelhos e inchados por trás dos óculos de sol.

"Meus sentimentos."

Com a vez meio rouca, ela não sabe o que dizer para confortar o rapaz.

Manoel olha para ela com os lábios finos tremendo, mas não diz nada.

Mordendo os lábios, ela por fim diz: "A Sra. Mu...Antes de ir, pediu para que você se cuidasse."

Ele continua sem dizer nada, apenas fitando-a atentamente.

Quando Camila se prepara para se virar e ir embora, ele pergunta com a voz fragilizada: "Já que ela não tinha medo de que a situação fosse exposta, por que ainda cometeu suicídio?"

Camila fica rígida.

Ela realmente não tem como responder a essa pergunta.

Nem ela mesma consegue explicar.

Virando-se para Manoel, ela não sabe por onde começar ou o que dizer.

Finalmente, ela diz com a voz suave: "Não importa o que aconteça, você é a única preocupação dela nesta vida. Fique bem, nem que seja só por ela."

"O que mais ela falou consigo?"

Camila balança a cabeça. Na verdade, Eugênia não disse nada.

Manoel observa o rosto pálido dela com o olhar visivelmente abatido.

A sua mente ainda guarda muitas questões, muita coisa que ele não entende.

E então Rui a "pede" para sair dali.

"Tinha tanta coisa assim para dizer a ele?" Lourenço tem o olhar profundo.

"Só quis ajudá-lo a seguir em frente." Camila baixa a cabeça e volta a ficar atrás dele.

"Você diz isso a ele com que papel?"

Ele ironiza: "O papel de quem matou a mãe dele, ou da mulher que ele ama?"

Ela sente o coração estremecer.

As palavras de Lourenço são mordazes e sem reservas.

É a última vez que Camila encontra Manoel.

Ainda que vivam na mesma casa, suas vidas estão completamente separadas em alas diferentes.

Mesmo quando há jantares em família, Lourenço vem, mas não a convida.

Ela mora na família Mu, mas não tem a menor relação com os demais.

Transcorrido um mês, Camila começa a se preparar para o exame.

Lourenço contratou para ela um tutor, que passa os deveres todos os dias e revisa toda a matéria.

Durante um mês inteiro, ela parece estar em prisão domiciliar no Pavilhão da Bela Vista.

Até que chega o dia do exame.

"Mila, por onde você andou este mês inteiro?"

Giovanna encontra o olhar dela e não consegue segurar as lágrimas.

É claro que todos sabem que ela esteve no cárcere a mando do Sr. Lourenço.

Mas ela não deixou que ninguém viesse visitá-la, e ninguém teve coragem mesmo. Tudo isso por medo de que a vida dela se tornasse ainda mais difícil.

Camila também tem os olhos marejados.

Abaixa a cabeça para encobrir a tristeza e o ressentimento atuais, ao reerguê-la, seus olhos têm um novo brilho.

"Estou bem, sem problemas. Não vê que estou mais gorda e corada?"

E o pior é que é verdade.

Este mês, Lourenço baixou um decreto de que deveriam servir a ela pratos deliciosos todos os dias.

Se algum empregado viesse contando ao Lourenço que ela comeu menos em um determinado dia, ele certamente teria fazer sexos com ela até chorar.

O coração do Lourenço continua duro feito pedra. Por mais que ela chorasse e implorasse por misericórdia, ele não aliviava.

Depois de tentar duas vezes, Camila desistiu.

Ela tem que comer mais e não descuidar da alimentação.

Giovanna contempla o seu rosto claro e delicado. Essa garota não engorda nunca, por mais que seja forçada a comer.

Mas realmente o aspecto dela está bem melhor.

Giovanna suspira, sem muito o que fazer: "Mas você..."

"Está tudo bem, sim. Como eu teria chance de aparecer assim, se não estivesse tudo bem?"

Camila dá uma voltinha na frente de todos: "Estou ótima, não estão vendo?"

O que dizer? Sua pele está melhor mesmo, mas ela está um pouco menos vivaz, mais contida.

"Que bom que está bem.” Ao saberem que Camila viria à aula hoje, Gil e Alexandre, mesmo não estando na mesma turma, correm para vê-la.

"Sim, está tudo bem." Ela acena com a cabeça, mas uma coisa ela deixa guardada.

"Eu hoje...Posso sair por meio dia. Só preciso voltar antes das 9h da noite. Quero ir ver Aida.”

……O exame dura a manhã inteira. São duas matérias, e mais duas no dia seguinte.

Depois das provas, eles não voltam logo para o dormitório para revisar a matéria, como fazem todos.

Em vez disso, vão diretos para o hospital.

Aida continua em coma de modo desmaiado até agora.

No entanto, a situação está bem melhor do que antes.

"Alguém misterioso gastou muito dinheiro com as despesas médicas. Os remédios e os aparelhos que Aida está usando agora são os melhores."

Ela até saiu da enfermaria para o melhor quarto privado do hospital.

Todos os dias há duas enfermeiras por conta dela.

Resumindo, enquanto ela não acordar, terá à sua disposição os melhores cuidados médicos possíveis.

"O médico falou que não há como saber quando ela vai acordar. Pode ser amanhã, pode ser mês que vem, pode ser..."

Giovanna não chega a completar as palavras seguintes.

Sentada na beira do leito do hospital, Camila segura a mão de Aida e a esfrega suavemente, relaxando as juntas dos dedos.

Giovanna completa: "As enfermeiras vêm todos os dias para massagear os músculos e os ossos do corpo. Elas têm técnicas muito profissionais. Não se preocupe com isso."

"Sei." Camila acena com a cabeça.

Ver o rosto pálido de Aida é como ter o coração perfurado por uma agulha.

E, por mais que doa, ela nada pode fazer. A amiga continua sem acordar.

Eles passam mais de uma hora no quarto com Aida, e só vão embora quando a enfermeira vem apressá-los.

De lá, ela acompanha a todos até o Grupo Gonçalves, a Setembro Mídia.

Mal sabe ela que vai acabar encontrando o homem que a pegou de surpresa...

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