Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa romance Capítulo 63

Almira segurava uma toalha, cuidadosamente limpando o sangue do nariz de Eliano, enquanto seu coração não conseguia parar de se preocupar.

Se isso continuar acontecendo, Eliano seria morto por causa dela antes de ser acordado por ela!

"Desculpe-me, não foi minha intenção."

Almira murmurou suavemente, enquanto limpava o rosto de Eliano.

Sabendo que a pessoa abaixo dela não a culparia, ela ainda se sentia um pouco culpada e disse: "Eu já me desculpei, você, como homem, não deve mais me culpar. Se você não falar, vou considerar que você me perdoou".

Depois de dizer isso, de fato, ela sentiu que sua culpa diminuiu um pouco, apoiando o queixo com uma mão e sorrindo levemente: "Na verdade, o que eu disse antes era só para te provocar. No meu coração, você ainda é o mais bonito."

"Você não está emocionado?"

Almira piscou, exibindo um sorriso travesso.

A varanda aberta deixava entrar o vento, que dissipava o calor do verão, trazendo a refrescante brisa da noite de início de outono.

Sob a luz brilhante de um lustre de cristal, Almira observava atentamente o homem ao seu lado, seus dedos traçando suavemente o contorno dos olhos e das sobrancelhas dele.

Nos últimos dois meses, ela havia feito esse gesto inúmeras vezes, começando às escondidas e depois se tornando algo natural.

Quando seus dedos passavam pelos olhos e sobrancelhas dele, ela fazia uma pausa por um momento, incapaz de resistir a se aproximar e dizer: "Eliano, seus cílios são tão longos".

Como um homem poderia ter cílios mais longos, mais encaracolados e mais bonitos do que os dela? Era realmente demais.

"Ah, o Bruno disse que eu deveria provocá-lo mais, para que você acordasse mais rápido. Mas eu quero que você acorde enquanto não quero que você acorde, o que você acha?"

Vendo o olhar sempre esperançoso de Sílvia, lembrando-se de quando Nivaldo maltratava as duas, e pensando em como as pessoas zombavam de Eliano por ser um "vegetal", ela ficava irritada, sem saber por quê, mas muito zangada.

Naquele momento, ela realmente esperava que Eliano acordasse.

Enquanto pensava, Almira adormeceu em cima de Eliano, e a brisa suave do outono encheu o quarto, aproximando as duas silhuetas na cama.

Almira murmurou suavemente, encolhendo-se, e no escuro da noite, sob a luz suave, uma mão grande pousou lentamente sobre o ombro da mulher, trazendo-a gentilmente para seu abraço.

"Atchim, atchim, atchim!"

Júlia olhava com desdém para Almira ao seu lado, que espirrava desde cedo, passando-lhe um pacote de lenços de papel.

Escondendo o rosto, ela disse: "Almira, isso não é porque alguém está pensando em você."

"Não, estou resfriada."

Almira respondeu sem levantar a cabeça, continuando a espirrar e, segurando os lenços de papel à sua frente, assoou o nariz com força antes de jogar os lenços usados na cesta de lixo ao seu lado.

Como ela poderia ter adormecido em cima de Eliano na noite anterior, esquecendo de fechar as janelas da varanda e não se cobrindo, sujeita ao vento frio da noite, seria estranho não estar resfriada.