Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa romance Capítulo 69

As estrelas no céu, como são?

Não ofuscantes, mas profundamente belas, Almira achava que os olhos de Eliano eram assim, uma pena que sentisse estar sonhando.

O homem, que com dificuldade se sentara na cama, olhava para a garota novamente adormecida à sua frente, com olhos brilhantes e dentes alvos, rosto pequeno e corado. Apesar de estar com febre, ainda conseguia murmurar bobagens sobre ele.

A mulher que sempre falava sem parar ao seu ouvido e o tratava com dureza era assim.

Mas seu olhar caiu sobre as costas lisas e pálidas dela, onde uma marca de sangue vermelho-vivo chamou sua atenção, fazendo com que um escuro e sombrio brilho passasse rapidamente por seus olhos apáticos.

A garota que ele conhecia pelo som da sua voz, ora astuta e complicada, ora frágil e queixosa, agora estava encolhida ao seu lado como um gato ferido.

A pomada que ele aplicava com os dedos trazia um leve frescor, e ao tocar a ferida, Almira tremia, murmurando baixinho: "Dói."

"Você não é sempre tão forte? Como se machucou?"

A voz grave de Eliano ecoou na sala silenciosa, como um violoncelo suave e firme, mas com um leve tremor que ela não conseguia esconder.

Era a primeira vez que ele falava com ela.

Almira, delirando com a febre, parecia estar dormindo, mas como se pudesse ouvir as vozes ao seu redor, ela sussurrou baixinho: "Eliano, vingue-me."

Como ele, um homem que havia passado meio ano na cama, incapaz de se mover, tinha a coragem de pensar que poderia vingá-la?

Eliano sorriu levemente, com os lábios vermelhos pressionando as bochechas finas e angulosas, olhando para a mulher que respirava fracamente na cama: "Ok, eu a vingarei".

Ele pensou que ela já estivesse dormindo, mas Almira ainda respondeu: "Bom!", Então, um leve sorriso surgiu em seus lábios, e ela murmurou: "Estou fria."

Eliano ficou surpreso, parou o que estava fazendo e, olhando para as costas agora medicadas, devagar cobriu-a com o cobertor ao lado.