Minha Esposa Muda romance Capítulo 1019

Lucas coçou a cabeça, "Trabalho."

Ele passava o dia tão ocupado que mal tinha tempo de pisar no chão, agora gerenciando duas empresas e sem tempo nem para beber água.

Sua resposta fez com que Thales franzisse a testa, aparentemente insatisfeito.

"Presidente Duarte, por que pergunta isso se está tudo bem?"

"Deixe para lá, pode ir."

Lucas murmurou um "ok", lançando olhares furtivos para ele, e, vendo que continuava a assistir TV, finalmente se sentiu seguro para sair.

Bianca desceu as escadas, nem se dando ao trabalho de cumprimentar Thales, passando por ele como se não o tivesse visto.

Após a saída de Bianca, Thales desligou a TV e subiu as escadas.

Sentou-se ao lado de Flavia, segurando sua mão naturalmente e ficando ao seu lado em silêncio.

Bianca vinha todos os dias, mas Flavia não mostrava nenhum sinal de melhora, ficando cada dia mais fraca.

Thales olhava para a mão em sua palma, tão magra que parecia apenas ossos, quando meio mês atrás, ela ainda tinha algum peso.

Lídia entrou com o jantar, colocando-o cuidadosamente ao lado e sussurrando: "Sr. Duarte, deixei o jantar aqui."

Após dizer isso, Lídia saiu.

Um pouco depois, Thales acordou Flavia.

Na verdade, Flavia não estava dormindo, apenas demasiadamente cansada para abrir os olhos.

Ela olhou para o homem ao seu lado e suspirou fraco, levantando-se com sua ajuda.

Thales, segurando a tigela, ofereceu uma colherada do mingau: "Tome, já esfriou."

"Thales, eu não quero comer."

"De qualquer forma, você precisa comer um pouco, abra a boca."

Sem ter como recusar, Flavia abriu a boca e tomou duas colheradas.

Apenas duas colheradas, e ela recusou comer mais.

"Sem Marcelo, você não consegue mais viver?"

Sua voz era calma, mas era possível sentir a raiva contida.

Flavia levantou as pálpebras, olhando para ele com indiferença, sem forças nem para argumentar.

"Sim."

A raiva nos olhos do homem parecia prestes a explodir, mas ele a conteve, "Você me odeia tanto assim?"

"Sim."

Thales riu de repente, um riso carregado de raiva e resignação.

"Flavia, quando você se tornou tão dura? Mesmo que me odeie, que me deteste, precisa me punir dessa maneira?"

"Eu sou dura? Comparado ao que você fez, isso é o quê?" Flavia puxou sua mão de volta, baixando o olhar, falando baixo: "Na verdade, a culpa não é sua, a culpa é minha."

"Desde o início, você me avisou para não me apaixonar por você, e eu não consegui evitar, então tudo isso é o que mereço, não posso culpar ninguém."