Minha Esposa Muda romance Capítulo 1065

Thales olhava para ele pensativo.

Lucas se sentia desconfortável sob seu olhar e disse, um tanto embaraçado: "Talvez devêssemos trazer alguém para um interrogatório?"

"Não é necessário, diga ao Sete e aos outros que, na próxima vez que entrarem, não precisam se preocupar. Estou curioso para ver o que estão procurando."

Os olhos de Lucas brilharam, "Entendido."

Um interrogatório pode não revelar muita coisa, mas se permitíssemos a entrada deles, com todas as câmeras espalhadas pela villa, qualquer coisa que pegassem ficaria evidente. Então, capturando-os com a prova em mãos, saberíamos exatamente o que vieram buscar.

Thales levantou a mão, sinalizando para ele sair.

Depois, sentou-se na cadeira, tirou do bolso um anel branco e começou a acariciá-lo com os dedos.

A cena na tela se desenrolava silenciosamente.

O céu lá fora estava sombrio, prenunciando uma tempestade, e o escritório, sem luzes acesas, parecia ainda mais escuro com o céu cinzento lá fora.

Da porta, só se via sua silhueta escura.

Lucas suspirou e saiu, fechando a porta atrás de si.

O caso da troca de crianças pela Sra. Barros estava fervilhando na internet, quase todo mundo já estava ciente dessa fofoca.

Thales, ao deixar o Grupo Duarte, recebeu muitos elogios. Ele era visto como a maior vítima nessa história.

Quanto a Rosana, no seu primeiro dia à frente da empresa, já queria jogar a toalha. Esses documentos todos confusos, ela não conseguia entender nenhum.

Ela até se arrependeu de ter assinado o acordo de acionistas.

Marcelo, de longe, em Mirante das Orquídeas, ao ver esses documentos, esboçou um sorriso, "Esse cara é realmente interessante."

Um de seus homens perguntou: "Ele deixando o Grupo Duarte, não ficou sem nada?"

"Por que vocês sempre subestimam ele?" Marcelo olhou para o homem com desdém, que imediatamente baixou a cabeça, envergonhado.

"… Não."

"Realmente uns incompetentes." Seu tom casual não parecia uma repreensão, mas era suficiente para arrepiar.

Lá fora, a neve caía pesadamente, cobrindo tudo de branco, até as janelas estavam cobertas por uma espessa camada de neve.

Mas em São Siena, chovia sem parar nos últimos dias. A ex-Dona Duarte, Helena, com uma aparência desleixada, estava agachada sob um viaduto.

Ela tinha acabado de ir à Casa de Duarte e, infelizmente, foi expulsa novamente, segurando nas mãos duzentos reais que Rosana lhe deu, agora amassados.

Caminhando, às vezes ouvia as notícias vindas dos transeuntes. Ela agora era famosa, quase ninguém desconhecia sua história.

As damas da alta sociedade que antes a recebiam agora a evitavam, todas bloquearam seu telefone, Gabriela ainda estava na prisão, e ela nem conseguia visitá-la.

Ela também tentou pedir ajuda a Carolina, mas Carolina não queria se envolver, enviando-lhe apenas dois mil reais de forma displicente.