Minha Esposa Muda romance Capítulo 108

Como se para provar algo, o som de um carro chegou por trás dela, um par de faróis penetrou na casa, projetando sua sombra longamente.

Flavia virou-se lentamente, encarando o homem que descia do carro, a luz intensa a fazia quase incapaz de manter os olhos abertos.

Thales parou em frente a ela, os olhares de ambos se encontraram.

Flavia olhava para ele atônita, sem expressão alguma em seu rosto.

"O que você está fazendo aqui parada?" ele perguntou.

Flavia mordeu o lábio, levantando a mão em um gesto: Foi você?

Thales a observava calmamente, sem dizer uma palavra, o que para Flavia parecia uma confirmação tácita.

Ele sabia exatamente o que ela estava perguntando.

Flavia o encarava incrédula, seus dedos incrivelmente rígidos, ela teve que fazer um grande esforço para gesticular.

— Por quê?

Flavia: Você não tinha já me prometido?

Thales segurou a mão que ela gesticulava, impedindo-a de continuar, "Vamos entrar."

Flavia tentou se soltar de sua mão com força, perguntando obstinadamente novamente: Por que? Por que você está fazendo isso comigo?

O olhar de Thales escureceu, sua voz tornou-se fria, "Vamos falar lá dentro!"

Seu olhar indiferente era como uma lâmina, causando uma dor aguda em seu coração, levando-a a recuar instintivamente.

Flavia: Por quê... O que eu fiz de errado? Me diga, o que eu fiz de errado?

Thales agarrou sua mão, puxando-a para dentro da casa.

Flavia lutava desesperadamente, segurando o batente da porta, recusando-se a entrar, até mesmo abaixando a cabeça para mordê-lo no pulso.

Thales parou abruptamente, soltou Flavia e agarrou seu queixo, seus olhos ardendo de raiva.

"Esta é a segunda vez." Ele apertou seu queixo firmemente, a marca dos dentes em seu pulso ainda úmida, sob a luz, a ferida parecia feroz e aterradora.

"Esta é a segunda vez que você mordeu por causa de uma estranha, Flavia! Diga-me por quê? O que você acha?"

O queixo de Flavia doía devido à pressão, suas lágrimas deslizavam pelos cantos dos olhos, caindo na parte de trás de sua mão.

Mas agora...

O que Marisa poderia ensiná-la de ruim?

Ele, de fato, não poupou nem mesmo uma idosa.

Seu controle sobre ela era quase patológico, o que ele realmente queria?

Por que, mesmo não a amando, ele ainda não podia deixá-la ir.

O que eles eram, afinal, que família...

Thales a observou por um bom tempo antes de finalmente soltar seu queixo, pegando sua mão novamente e levando-a para dentro.

Flavia olhava fixamente, parada na casa vazia, virando-se para olhar para o sofá, mas só encontrava o vazio.

Ela agarrou a manga de Thales.

Thales virou-se para olhá-la.

Ela gesticulou: Thales, você me ama?