Minha Esposa Muda romance Capítulo 1086

Flavia ouvia-o falar sem parar, com um vislumbre de impaciência nos olhos, "Já disse que você está confundindo as pessoas, por favor, dê-me espaço!"

Otávio, escolhendo ignorar a primeira parte do que ela disse, continuou: "Ah sim, você viu o jovem mestre? Já é noite, e não consigo entrar em contato com ele pelo telefone. Ele foi nesta direção ontem, passei a noite procurando e não o encontrei."

Ao ouvir suas palavras, a imagem de Thales, que Flavia viu antes, relampejou em sua mente. Ele estava vestido de maneira simples, claramente havia saído às pressas da pousada, sem levar seu casaco, provavelmente deixando seu celular para trás também.

Aproveitando-se do momento em que Otávio falava, ela arrancou as rédeas de suas mãos, guiando o cavalo para correr em direção ao campo ao lado.

"Procure por você mesmo na direção sudoeste, eu não sei."

Deixando essas palavras para trás, ela saiu correndo, e Otávio nem teve tempo de reagir.

Otávio coçou a cabeça, "Sudoeste?"

Ela não disse que não sabia? Por que então ir para o sudoeste?

Flavia correu o mais rápido que pôde de volta à mansão, e antes mesmo de entrar no pátio, viu Ricardo com um chapéu, olhando ao redor na entrada.

Ao ver Flavia retornar, ele correu em sua direção como se tivesse visto um salvador, "Menina, você finalmente voltou, onde esteve a noite toda?"

Notando o semblante preocupado de Ricardo, Flavia desceu agilmente, "O que aconteceu?"

"Seu irmão me ligou no meio da noite, perguntando se você estava em casa, quase me matou de susto."

Flavia também ficou ligeiramente pálida, "O que você disse?"

"Eu disse que você estava, claro. Graças a Deus você voltou, entre logo, o Sr. Lopes ainda não retornou."

Ao ouvir que Marcelo ainda não havia voltado, Flavia respirou aliviada, entregou o cavalo a Ricardo e correu para dentro para tomar um banho e trocar de roupa.

Parada no chuveiro, ela ainda não conseguia se acalmar.

Marcelo não deu atenção à pessoa que falou, seu olhar permaneceu fixo nos veículos presos na lama, o vento soprando seus cabelos na altura dos ombros, e ele falou lentamente, "Vocês vieram para me amaldiçoar, não é?"

Sua voz era muito calma, embora fosse uma pergunta, soava mais como uma declaração.

Seus subordinados não ousaram responder.

Marcelo respirou fundo e caminhou em direção à estrada pavimentada, entrando em um carro estacionado na beira da estrada.

Ele apertou a ponte do nariz, exalando uma aura terrivelmente ameaçadora.

Ele já considerava aquela pessoa como morta, mas por um descuido, deixou-a escapar bem debaixo de seu nariz, fazendo-o parecer um idiota.

Tão estúpido quanto aqueles incompetentes.