Minha Esposa Muda romance Capítulo 1120

Ele baixou a cabeça, observando-a intensamente, "Você veio me ver?"

"Não! E pare com esses joguinhos, senão eu só vou te detestar mais!"

Thales piscou, "Detestar?"

"Você esqueceu o que fez no passado? Por que eu não deveria te detestar? Você acha que fazer isso tem alguma utilidade? Para mim, é apenas ridículo."

Ela o encarava nos olhos, palavra por palavra, "Agora, só de ver o seu rosto, sinto nojo."

Thales ficou paralisado, olhando fixamente para Flavia, com uma tempestade de emoções nos olhos, incapaz de dizer uma palavra sequer, apenas segurando a mão dela mais e mais forte.

Flavia sentia-se sufocada por ele, lutando e empurrando seu peito, "Me solte, você está ouvindo!"

Ele não a soltou, deixando Flavia tão irritada que ela virou e mordeu seu braço.

No momento seguinte, tudo girou.

Ela foi pressionada por Thales contra a cama, ele se inclinou e beijou seus lábios.

Foi a vez de Flavia ficar chocada, ela arregalou os olhos, vendo a fúria familiar em seu olhar.

Os dentes que ele havia escondido nesses dias se revelaram nesse momento, seu beijo avassalador, como se quisesse engoli-la.

Flavia reagiu, tentou empurrá-lo, mas ele prendeu seus pulsos contra o peito, firmemente.

Ela não conseguia escapar e mordeu seus lábios novamente.

Essa mordida carregava toda a sua fúria e ressentimento, e em pouco tempo, o sabor de sangue se espalhou pela boca.

Ainda assim, ele não soltou, e mordeu-a de volta.

Claro, ele não mordeu tão forte quanto Flavia, mas foi o suficiente para fazer com que lágrimas se acumulassem em seus olhos.

Só quando viu as lágrimas nos olhos dela, ele parou o beijo.

Eles se olharam, ambos com sangue escorrendo pelos cantos da boca, manchando os lençóis brancos.

A emoção nos olhos do homem gradualmente desapareceu, e ele soltou Flavia.

Ele apenas escondeu sua verdadeira natureza, revelando-a ao menor estímulo. Por pouco, ela foi enganada por esses dias.

Pensando nisso, Flavia fechou a torneira, preparando-se para sair, quando de repente ouviu um som fraco.

Ela parou, olhando para a cabine, tinha certeza de ter ouvido um choro de bebê.

Mas, ao escutar atentamente, o som desapareceu.

Pensando ter sido sua imaginação, ela se virou para ir embora.

Assim que saiu do banheiro, um grito agudo soou de repente, Flavia correu de volta.

Ela viu uma mulher parada na porta da cabine, cobrindo a boca, chocada com o que via lá dentro.

Flavia, curiosa, se aproximou e também arregalou os olhos.

Havia um bebê ensanguentado ali!

Ainda com o cordão umbilical, jazendo em um canto, lutando por sua vida.