Minha Esposa Muda romance Capítulo 1159

"Faça silêncio, por favor."

Otávio fez uma careta e, entendendo a indireta, fechou a boca, observando atentamente os arredores.

Thales estava concentrado em seu celular, com os dedos voando sobre a tela repleta de caracteres enquanto informações continuavam chegando.

A equipe que vigiava próximo ao aeroporto estava de plantão desde dois dias atrás, mas até agora, nada de ver Thales.

Fábio, impaciente na vila, já tinha ligado várias vezes perguntando por notícias, mas a resposta era sempre a mesma: Thales não tinha sido visto.

Eles tinham apenas uma foto e, como nunca tinham encontrado Thales pessoalmente, era difícil reconhecê-lo apenas por ela.

Ainda mais porque ele se disfarçou e se misturou a um grupo de turistas; sem se aproximar, era impossível identificá-lo.

Fábio andava de um lado para o outro no quintal, lançando olhares ocasionais para o quarto onde Flavia estava presa.

Sem saber onde Thales estava, ele se sentia inquieto. Os dois já tinham se enfrentado várias vezes, e Fábio tinha saído perdendo.

Agora, sem ver Thales, era impossível prever quando ele poderia surgir de surpresa.

Quanto mais tempo passava, mais ansioso ficava.

Com o cair da noite, ele decidiu ir até a cabana.

Quando a porta se abriu de repente, Flavia, que estava conversando com Bianca, se assustou.

Flavia olhou para ele com cautela, apertando inconscientemente a mão de Bianca.

Bianca apertou de volta, virando-se para Fábio, "Até quando vai nos manter aqui presas?"

Fábio passou o olhar pelas duas, empurrou os óculos de armação dourada no nariz, os reflexos nas lentes escondendo seus olhos.

Ele se aproximou e, de repente, agarrou o braço de Flavia, puxando-a para se levantar.

Dentro da van alongada, não estavam apenas ela e Fábio, mas também várias outras sombras.

Fábio tirou um celular do bolso e o entregou a Flavia, "Ligue para Thales."

Era o celular dela.

Ela fechou a mão em punho, hesitando em pegá-lo.

Fábio, calmamente, disse, "Dou-lhe um minuto. Se não ligar, quebrarei a perna da sua amiga."

Ele pegou seu próprio celular, abriu o cronômetro, a luz fraca iluminando o rosto pálido de Flavia.

Ela observou os números pulando, sentindo o suor frio brotar em sua testa e palmas, como se seu coração batesse no ritmo dos números.

"Quando o segundo cronômetro começar, quebrarei a outra perna dela, depois as mãos, os olhos, os dentes, o nariz, os órgãos internos, e assim por diante, até que ela morra completamente."