Minha Esposa Muda romance Capítulo 1171

André olhou para ele, "Você não disse que eles correram para esta direção?"

O olhar que ele lançou quase dizia que ele tinha sido esperto demais.

Fábio não falou, mas seu rosto estava sombrio, ele virou-se e caminhou em direção ao sudeste, eles haviam seguido a direção errada, o que os levou a estar agora muito longe de Thales.

Mas, por sorte, foram descobertos pelo drone. Uma vez descobertos, não seria tão fácil se livrarem deles.

"Abata-o." Thales disse em voz baixa.

Otávio deu um som de reconhecimento, levantou a arma que segurava, mirou no drone no céu que tentava fugir, mas não conseguiu escapar da mira precisa de Otávio.

Após alguns tiros, o drone emitiu sons mecânicos e caiu zumbindo, soltou alguns gemidos antes de soltar fumaça e se apagar.

O rosto de Fábio endureceu ainda mais.

Apenas dois homens?

Dois homens ousaram invadir, como ele se atreveu!

Ele não estava irritado pelo fato de Thales ter trazido apenas uma pessoa, mas sim porque, com apenas duas pessoas, conseguiram causar uma reviravolta neste lugar, fazendo-o parecer incapaz.

Após o drone ser destruído, Fábio perdeu a localização deles, sabendo apenas a direção geral. Em uma área tão grande, seria difícil procurar.

Especialmente estando tão longe, no tempo que levaria para persegui-los, Thales poderia ter ido ainda mais longe.

A raiva dentro de Fábio queimava, e a intenção de matar em seus olhos tornou-se ainda mais intensa. Se Thales estivesse diante dele agora, já teria sido cortado em mil pedaços.

A luz na floresta estava fraca, e conforme o tempo passava, já não era possível ver o caminho na mata.

O som de várias aves ecoava acima, e havia vinhas por toda parte, algumas enroladas em volta dos troncos das árvores, envolvendo-as firmemente, com inúmeras videiras pendendo como ramos de árvore.

Se não fosse pelas serpentes e insetos na grama, aquelas vinhas penduradas no ar como cachoeiras seriam até bonitas.

De repente, Otávio disse, "Senhor, não podemos continuar, pode haver perigos à frente."

Sua respiração tornava-se cada vez mais ofegante, com a boca levemente aberta, falava algo, mas Thales não podia ouvir, porém viu que sangue escorria do canto de sua boca.

O olhar de Thales tornou-se complexo, ele passou o dedo para limpar o sangue do canto de sua boca, e no momento seguinte, Flavia agarrou sua mão.

Ela meio que fechou os olhos, com um olhar turvo através dos cabelos desordenados em seu rosto olhando para ele.

Ela encostou sua bochecha em sua mão, esfregando-a em sua palma.

Os olhos do homem lentamente se arregalaram, esse gesto, gradualmente se sobrepôs às imagens em sua memória.

Apesar de estar fora de si, ela ainda se lembrava dos gestos habituais de antes, que eram para agradá-lo.

E agora, ela estava implorando a ele.

Para ser exato, não era ele quem ela estava implorando, mas sim o desejo. Mesmo que não fosse ele na frente dela, ela agiria da mesma maneira.

Ela também não era ela mesma, era uma carcaça engolida pelo desejo, e ainda assim, usava o modo ambíguo que tinham antes para expressar seu desejo.